A investigação do laboratório MoreCoLAB, em Bragança, vai focar-se na produção de alimentos, na gestão da água e na produção de energia, de forma circular e sustentável.
Alexandre Gonçalves, coordenador científico do laboratório explicou que a água será retirada do bagaço da azeitona de forma faseada. “Somos responsáveis por montar esta unidade industrial, onde vamos receber o bagaço de azeitona, vamos separar a fase líquida, depois separamos a gordura e fazemos os processos de tratamento da água recuperando os compostos fenólicos, que serão para a indústria cosmética e a água tratada vamos fornecê-la aos sistemas de pressão agrícola que temos dentro do demonstrador que ocupa cerca de seis hectares”, disse.
O objectivo é armazenar a água numa lagoa de irrigação que depois, será distribuída para produtores locais que se encontrem à volta do demonstrador. “Vamos ter painéis fotovoltaicos a produzir energia solar e por baixo desta instalação vamos ter produção de vegetais. Toda a produção alimentar deste projecto vai ser dada a instituições de caridade ou a escolas, mas o objectivo é que esta água seja reservada numa lagoa e depois pode ser distribuída a produtores locais, nomeadamente abacate, laranjeiras, amendoal, hortícolas”, referiu.
Embora o projecto se aplique no Algarve, Alexandre Gonçalves garante que pode vir a ser implementado na região.
Alguns parceiros defenderam que a unidade demonstradora fosse implementada em Portugal. Portimão foi a cidade escolhida.
O projecto envolve 26 parceiros, de nove países, num investimento de 11,5 milhões de euros, dos quais cerca de 9 milhões são financiados pela Comissão Europeia e mais de 3 milhões pelo laboratório brigantino. Este projecto está agora na fase de implementação e prevê-se que todas as unidades estejam a funcionar em 2027.
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