1º FRANCISCO ANTÓNIO DE ANDRADE, natural de Aguieiras, concelho de Mirandela, faleceu em Cabanelas pelos anos de 1909. Casou com D. Constância Augusta Doutel, que nasceu em Aguieiras pelos anos de 1861 e actualmente reside em Cabanelas, no rico casal que herdou de seus pais.
Descendência:
2º JOÃO SILVÉRIO DOUTEL DE ANDRADE, bacharel em direito, nasceu em Cabanelas, concelho de Mirandela, a 25 de Fevereiro de 1894 e casou em Abambres, no mesmo concelho, em 1917, com D. Antónia Prazeres Colmieiro Falcão, de Ala, concelho de Macedo de Cavaleiros, que faleceu em 1919, deixando uma filha única:
D. Maria Isabel Doutel Colmieiro, que nasceu a 25 de Fevereiro de 1918.
3º EDUARDO AUGUSTO DOUTEL DE ANDRADE, que reside em Mirandela e casou a 2 de Julho de 1924 com D. Maria Alexandrina Pavão de Morais Pinto, que nasceu nos Possacos a 23 de Agosto de 1889, sobrinha de Alberto de Sousa Ataíde Rebelo Pavão (a quem nos referiremos em Parada de Infanções – Pavões) e viúva de Carlos de Mascarenhas, com quem casara em 1910.
D.Maria Alexandrina Pavão de Morais Pinto tem, do primeiro matrimónio, a seguinte descendência:
I. D. Maria Luísa de Morais Pinto Mascarenhas, que nasceu em Coimbra a 2 de Janeiro de 1911.
[Do segundo matrimónio, teve a:]
II. D.Maria de Lourdes Doutel de Andrade, que nasceu a 11 de Maio de 1926.
André Borges e seus filhos capitão Félix Borges, padre Sebastião Borges e André Borges, sua nora, mulher e cunhada D. Maria Josefa, todos de Valbom dos Figos, freguesia de Mascarenhas, concelho de Mirandela, instituíram, em 1748, um morgadio com capela dedicada a S. Braz, que doaram a sua neta, filha e sobrinha D. Maria Bernarda Borges, de Sobreira, freguesia das Aguieiras, concelho de Mirandela, para casar com António Xavier Doutel de Almeida, de Cabanelas.
A capela ainda existe na casa brasonada dos Douteis, em Cabanelas(198).
António Gomes da Costa, capitão, marido de D. Joana Doutel de Figueiredo Sarmento, e seus irmãos padre e doutor João Gomes da Costa e Ana Gomes da Costa, solteira, de Vale da Porca, concelho de Macedo de Cavaleiros, instituíram, em 1732, um vínculo de morgadio, com capela dedicada a S. João Baptista e às Almas do Purgatório (199).
O tecto da sacristia da igreja paroquial de Vilarinho de Agrochão, em abóbada de berço, é pintado no estilo dos frescos de Pompeia e ao centro tem o escudo dos Douteis, que adiante descrevemos. Na casa da residência paroquial há um escudo e pinturas idênticas, sendo notáveis pelo naturalismo as de uma sala, com episódios cómicos da vida campestre e marítima, em que sátiros, dríades e outras figuras mitológicas ostentam atitudes desbragadas, próprias da renascença que as inspirou, atitudes a que chamaríamos imorais se não tivessem a justificá-las tantas obras de arte idênticas que figuram no mobiliário das igrejas e dos paços episcopais, sem excluir o próprio Vaticano. No tecto da mesma igreja, em apainelados guarnecidos de molduras, há cinquenta e quatro quadros pintados.
No tecto da igreja paroquial de Lamalonga, distante da de Vilarinho de Agrochão menos de dois quilómetros, há também pintados cinquenta e cinco quadros idênticos.
Perto fica a igreja paroquial de Avantos, que ostenta igualmente no tecto oitenta e quatro quadros do mesmo género dos antecedentes e quarenta e um no tecto da capela-mor.
Todos estes quadros representam santos, com indicação dos nomes, e episódios da sua vida ou da de Cristo. Pinturas idênticas se vêm na abóbada da igreja paroquial de Marzagão, concelho de Carrazeda de Ansiães.
Não são despidos de valor estes trabalhos pictóricos, e merecia a pena que alguém da especialidade os estudasse e se olhasse pela sua conservação.
É possível que não fosse estranho a estas obras decorativas o pintor João António Rodrigues Bustamaut, a quem nos referiremos em Parada de Infanções – Pavões.
Se alguem ouvir o nosso apelo, a título de curiosidade lembramos que aos lados do altar-mor das igrejas paroquiais de Sacoias, Varge e Aveleda há quadros de incontestável valor, sobretudo os da primeira, onde as guarnições em meandro são tipicamente clássicas.
Nos tectos das capelas-mores das igrejas paraquiais de Gimonde e Meixedo, ambas, como as acima citadas, pertencentes ao distrito de Bragança, há também pinturas em apainelados, mas inferiores àquelas.
Descendência:
2º JOÃO SILVÉRIO DOUTEL DE ANDRADE, bacharel em direito, nasceu em Cabanelas, concelho de Mirandela, a 25 de Fevereiro de 1894 e casou em Abambres, no mesmo concelho, em 1917, com D. Antónia Prazeres Colmieiro Falcão, de Ala, concelho de Macedo de Cavaleiros, que faleceu em 1919, deixando uma filha única:
D. Maria Isabel Doutel Colmieiro, que nasceu a 25 de Fevereiro de 1918.
3º EDUARDO AUGUSTO DOUTEL DE ANDRADE, que reside em Mirandela e casou a 2 de Julho de 1924 com D. Maria Alexandrina Pavão de Morais Pinto, que nasceu nos Possacos a 23 de Agosto de 1889, sobrinha de Alberto de Sousa Ataíde Rebelo Pavão (a quem nos referiremos em Parada de Infanções – Pavões) e viúva de Carlos de Mascarenhas, com quem casara em 1910.
D.Maria Alexandrina Pavão de Morais Pinto tem, do primeiro matrimónio, a seguinte descendência:
I. D. Maria Luísa de Morais Pinto Mascarenhas, que nasceu em Coimbra a 2 de Janeiro de 1911.
[Do segundo matrimónio, teve a:]
II. D.Maria de Lourdes Doutel de Andrade, que nasceu a 11 de Maio de 1926.
André Borges e seus filhos capitão Félix Borges, padre Sebastião Borges e André Borges, sua nora, mulher e cunhada D. Maria Josefa, todos de Valbom dos Figos, freguesia de Mascarenhas, concelho de Mirandela, instituíram, em 1748, um morgadio com capela dedicada a S. Braz, que doaram a sua neta, filha e sobrinha D. Maria Bernarda Borges, de Sobreira, freguesia das Aguieiras, concelho de Mirandela, para casar com António Xavier Doutel de Almeida, de Cabanelas.
A capela ainda existe na casa brasonada dos Douteis, em Cabanelas(198).
António Gomes da Costa, capitão, marido de D. Joana Doutel de Figueiredo Sarmento, e seus irmãos padre e doutor João Gomes da Costa e Ana Gomes da Costa, solteira, de Vale da Porca, concelho de Macedo de Cavaleiros, instituíram, em 1732, um vínculo de morgadio, com capela dedicada a S. João Baptista e às Almas do Purgatório (199).
O tecto da sacristia da igreja paroquial de Vilarinho de Agrochão, em abóbada de berço, é pintado no estilo dos frescos de Pompeia e ao centro tem o escudo dos Douteis, que adiante descrevemos. Na casa da residência paroquial há um escudo e pinturas idênticas, sendo notáveis pelo naturalismo as de uma sala, com episódios cómicos da vida campestre e marítima, em que sátiros, dríades e outras figuras mitológicas ostentam atitudes desbragadas, próprias da renascença que as inspirou, atitudes a que chamaríamos imorais se não tivessem a justificá-las tantas obras de arte idênticas que figuram no mobiliário das igrejas e dos paços episcopais, sem excluir o próprio Vaticano. No tecto da mesma igreja, em apainelados guarnecidos de molduras, há cinquenta e quatro quadros pintados.
No tecto da igreja paroquial de Lamalonga, distante da de Vilarinho de Agrochão menos de dois quilómetros, há também pintados cinquenta e cinco quadros idênticos.
Perto fica a igreja paroquial de Avantos, que ostenta igualmente no tecto oitenta e quatro quadros do mesmo género dos antecedentes e quarenta e um no tecto da capela-mor.
Todos estes quadros representam santos, com indicação dos nomes, e episódios da sua vida ou da de Cristo. Pinturas idênticas se vêm na abóbada da igreja paroquial de Marzagão, concelho de Carrazeda de Ansiães.
Não são despidos de valor estes trabalhos pictóricos, e merecia a pena que alguém da especialidade os estudasse e se olhasse pela sua conservação.
É possível que não fosse estranho a estas obras decorativas o pintor João António Rodrigues Bustamaut, a quem nos referiremos em Parada de Infanções – Pavões.
Se alguem ouvir o nosso apelo, a título de curiosidade lembramos que aos lados do altar-mor das igrejas paroquiais de Sacoias, Varge e Aveleda há quadros de incontestável valor, sobretudo os da primeira, onde as guarnições em meandro são tipicamente clássicas.
Nos tectos das capelas-mores das igrejas paraquiais de Gimonde e Meixedo, ambas, como as acima citadas, pertencentes ao distrito de Bragança, há também pinturas em apainelados, mas inferiores àquelas.
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(197) Museu Regional de Bragança, maço Capelas.
(198) Documentos existentes no arquivo da casa Doutel em Cabanelas.
(199) Ibidem.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA
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