De 30 de janeiro a 2 de fevereiro, Macedo de Cavaleiros promove mais uma edição da Rota Gastronómica do Javali. A iniciativa, que decorre em simultâneo com a Feira da Caça e do Turismo, junta 13 restaurantes deste município transmontano
Javali no Pote, no restaurante Dona Antónia, em Macedo de CavaleirosBCBM |
Entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro, a iniciativa “Fins de Semana Gastronómicos” promovida pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal, faz paragem em Trás-os-Montes, mais precisamente em Macedo de Cavaleiros. Coincidindo com a realização da anual Feira da Caça e do Turismo decorre mais uma edição da Rota Gastronómica do Javali, que junta 13 restaurantes do município. A feira conta também com diversos workshops de cozinha, além de caminhadas e diversos espetáculos musicais, de falcoaria, corrida de galgos e iniciativas relacionadas com caça, incluindo uma montaria ao javali.
Fins de Semana Gastronomicos em Macedo de CavaleirosTPNP |
Javali estufado no pote à moda de Macedo de Cavaleiros
“No que diz respeito à gastronomia de Macedo de Cavaleiros tudo é bom, do regional ao convencional”, anuncia o programa dos Fins de Semana Gastronómicos, destacando os “pratos de caça, nomeadamente o javali no pote com castanhas, até aos enchidos resultantes da matança do porco, passando pela doçaria ligada á castanha”.
Com diversos pratos e receituário, entre os 13 restaurantes aderentes destacam-se os espaços Dona Antónia e Montanhês, que integram o recente guia “Restaurantes, Pratos e Produtos Regionais”, que dá a conhecer todos os segredos da receita de “Javali estufado no pote à moda de Macedo de Cavaleiros”, considerado o emblema maior da gastronomia deste concelho transmontano. “Era o meio de sustento de muitas pessoas, que faziam montarias ao javali, mesmo no tempo dos reis”, conta António Silva, grão-mestre da Confraria do Javali, criada em 2012 por um grupo de amigos e adeptos desta carne. O “prato de excelência”, como lhe chama, foi reconhecido em 2020 pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural. “O Javali estufado no pote à moda de Macedo de Cavaleiros era um prato feito nas casas particulares, dos caçadores, mas não se via muito nos restaurantes.”
“O javali é light”
Manda a tradição que a receita seja preparada no pote de ferro, como antigamente. “Isso permite que todos os sabores inerentes ao javali, aos restantes ingredientes e às ervas que se administram vão marinando com o tempo e ganhando sabor, independentemente uns dos outros”, explica António Silva. Mas, se antigamente todas as partes do animal eram colocadas no pote, hoje em dia, graças à promoção da gastronomia da região e à criatividade dos cozinheiros, também se encontram outras propostas nos estabelecimentos locais: “Costeleta de javali”, “Pica-pau de javali”, “Rissóis de javali”, “Feijoada de javali”, “Arroz de cabidela de javali”, “Costela de javali assada na brasa”, “Empada de javali”, entre outros. “O javali é light, é um alimento que se deve comer porque não tem gordura. Ao contrário do porco caseiro, que tem gordura intramuscular, o javali não tem nenhuma”, remata o grão-mestre desta confraria.
Javali no pote em Macedo de CavaleirosTPNP |
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