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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

OS IDOSOS SÃO TRAPOS?

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...") 


Francamente não compreendo os políticos da nossa terra: sendo a maioria da população envelhecida – porque os jovens emigram, – raramente se preocupam com ela!
Vejamos: o que fazem os deputados, em benefício dos idosos? Pouco ou nada.
E os Municípios? Pensam, porventura, erguerem lares dignos, com privacidade, para residentes ou naturais dos seus municípios?
Só se recordam deles na época eleitoral, para lhes pedirem o voto...no seu partido. Partido que muitas vezes não inscrevem, no programa, rubricas a favor dos mais velhos.
Constrói-se ou reabilitam-se casas, para estudantes, porque estes pagam, e não acarretam encargos, se caírem enfermos, para os municípios.
Sei bem, como se costuma afirmar, – que os velhos são trapos...Trapos que não produzem e ainda lapidam a nação.
A Igreja – como fazem as misericórdias, – mormente as Ordens religiosas, possuem seminários e mosteiros, que se encontram despovoados, por ausência de vocações. Podiam, se quisessem, recolher idosos, pagando cada qual, consoante os rendimentos que usufruem. Claro, que as autarquias e o Estado, suportariam a maior parte dos encargos.
Ser velho, é estar, no tempo que corre, condenado ao abandono. Viver apartado de tudo e de todos, até, quantas vezes da família – órfãos de filhos e netos, – a não ser que o idoso tenha rendimento, que lhe permita acolher-se a hotéis ou casas de repouso. Casas, que são proibitivas para a maioria dos cidadãos portugueses, e os estrangeiros e emigrantes, aproveitam-nas, por serem mais acessíveis, das que existem nos países onde vivem.
Não sei porque ainda abordo o tema, visto parecer que nem os idosos se preocupam, porque quando usam o direito de voto, não procuram eleger políticos que defendam projetos a favor dos mais velhos.
É bom lembrar: os idosos foram, em regra, os mais sacrificados: trabalharam em serviços, que os jovens acuais não desejam; não tiveram acesso fácil ao ensino; sofreram a guerra do ultramar - muitos ficaram abalados fisicamente e psicologicamente; e chegados à velhice, qual foi a recompensa da Pátria?!...


Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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