sexta-feira, 27 de julho de 2018

Câmara reabre o Centro Interpretativo Geológico de Morais

O Centro Interpretativo Geológico de Morais, em Morais, foi reaberto, numa cerimónia que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues, o presidente da Junta de Freguesia de Morais, Ramiro Valadar e a coordenadora do Geopark-Terra de Cavaleiros, Antónia Morais.
O edifício, uma antiga casa florestal, foi objeto de uma intervenção profunda no ano de 2011, através de um projeto financiado em 80 por cento pelo fundo do Baixo Sabor, com um investimento total de cerca de 107 mil euros. Inaugurado em fevereiro de 2012, com o objetivo de apoiar os visitantes de Morais, ainda serviu de ponto de partida para alguns percursos pedestres, mas a generalidade dos seis anos de existência deste equipamento ficam marcados pelo facto de ter estado com as portas fechadas à população e aos visitantes do Geopark. 

O Centro passará a estar aberto, em fase experimental, terças e quintas, das 13 às 17h00, podendo vir a estar aberto “todos os dias” desde que se justifique. Para o efeito, o presidente da junta de freguesia de Morais disponibilizou uma funcionária, que já teve formação no âmbito do Geopark, para que a população de Morais “possa usufruir de um espaço que é nosso”, referiu. 

Para Benjamim Rodrigues este foi “um momento histórico”, enaltecendo o esforço conjunto da junta de freguesia e do Geopark para a reabertura de um edifício que “representa justiça para o povo de Morais “. O autarca macedense lembrou que a região possui uma das zonas geológicas mais importantes do mundo e que tem sido objeto de muita investigação e de estudo, devendo a “população tirar partido do título de ‘umbigo do mundo’”. 

A abertura deste espaço contou com uma tertúlia, em jeito de convívio, sobre o “Monte Maldito”, espaço onde está edificado o Centro. Os anciãos da aldeia contaram histórias sobre o famigerado “Monte Maldito” e os geólogos do Geopark explicaram o nome. É que aqui predominavam no solo os peridotitos, rochas do fundo oceânico, ricas em ferro, níquel e crómio, arrastados por obducção para este local e que impedem o crescimento normal da vegetação. Motivo pelo qual neste monte nada medrava.

in:noticiasdonordeste.pt

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