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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

As Férias Pequenas

Nas férias pequenas fazíamos torneios. Éramos sempre os mesmos três. Eu o Nuno e o Paulo. Eram dias seguidos de disputa sem árbitro. 
Ainda possuo as sebentas onde registávamos os resultados.
Na parte do fundo do meu quintal construíamos um autêntico arsenal de jogos.
O jogo da batata consistia num prego espetado numa madeira. Do prego saia um cordel e no fundo do cordel estava uma batata. Um de nós balançava a batata como um pêndulo e o que estava na vez de competir tentava acertar-lhe com uma seta.
O alvo de setas nunca falhava também.
O tiro ao alvo, que era feito com uma espingarda Slavia que o meu Pai tinha comprado no Porto por trezentos escudos quando foi a uma formação e me levou com ele.
Parámos numa loja qualquer e os meus olhos brilharam muito, ao ver as espingardas na montra. O meu pai pegou-me na mão e entrámos. 
Ao sairmos já trazia a minha “arma secreta” embrulhada em papel de embrulho daquele castanho liso. 
A arma tinha pouca pressão, era das mais baratinhas. Mas tinha cá uma mira!!! Eu e o Teixeira fazíamos coisas mirabolantes com a arma. Quer eu quer ele pegávamos numa “pirulita” entre os dedos polegar e indicador e o outro atirava a uma distância de dez metros com o chumbo alemão, que era do melhor, que comprávamos no Cazão. Nunca falhámos e nunca ninguém se magoou.
Mais tarde, o pai do Paulo comprou-lhe uma Diana que mais parecia um canhão tal a potência que tinha, era uma mola das modernas. Mas mira como a da minha Slavia, não havia. Mesmo, depois de já gasta, ter sido necessário apoiar o parafuso da mira com um fósforo…que ia sendo substituído quando estava impróprio para consumo.
A passagem pelo escutismo era quase obrigatória e eu não fugi à regra ingressando na patrulha Rola do Agrupamento 18 de Bragança onde me mantive durante uns anos.
Na foto, uma casa na árvore, no espaço onde foi a biblioteca Gulbenkian nas traseiras do Centro Cultural Municipal (antiga Câmara).






HM

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