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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Museu Nacional Ferroviário inaugurado em Bragança

Foi ontem inaugurado e aberto ao público o Museu Nacional Ferroviário de Bragança. O espaço nasce onde estava já o Núcleo Museológico de Bragança, localizado na zona da antiga estação de caminhos-de-ferro, ocupando o edifício anteriormente destinado ao parqueamento de carruagens daquela que foi a estação terminal da Linha do Tua.
17 anos depois do fecho do Núcleo Museológico, a memória da vivência ferroviária foi devolvida à capital de distrito através do espaço que ontem abriu portas: o Museu Nacional Ferroviário de Bragança. Em plena inauguração, o presidente da câmara de Bragança, Hernâni Dias, ressalvou o investimento que devia ter sido feito na linha férrea podendo ter-se evitado o término neste território.

“Temos vindo a assistir ultimamente a uma forma mais intensa de pretender fazer a intervenção na ferrovia e vemos que hoje no Programa Nacional de Investimento 2030, uma boa parte dos investimentos para além de estarem localizados no litoral têm a ver com a questão da ferrovia. Lamentamos, obviamente, o facto de ter encerrado esta linha e que não se tivesse desenvolvido um grande projecto de ligação a Espanha, ainda hoje falamos dessa ligação até por via rodoviária”, afirmou.

Valdemar Pais, de 77 anos, natural de Salsas, no concelho brigantino, foi o último funcionário no núcleo museológico, onde trabalhou mais de 20 anos mas ao serviço da CP esteve mais de 45. E neste dia relembra o que foi a noite que levaram, em segredo, as máquinas de Bragança. “Mandaram-nos para Lisboa para que não disséssemos ao povo que vinham buscar as máquinas, se não o povo não deixava levar as máquinas. Não deviam ter deixado fechar a linha”, contou.

José Carlos André, de 72 anos, foi revisor. Para a CP trabalhou mais de 20 anos, 12 dos quais em Bragança. Acredita que o término da linha foi prejudicial para a região. “Nem que fosse para fins turístico, nunca devia ter acabado, era bonita a paisagem. Havia muitos estudantes que viajavam entre Mirandela, Macedo, Sendas e Bragança, na altura não havia camionagem”, lembra.

A maioria do espólio que o espaço alberga, e que está associado à dinâmica do que foi este meio de transporte na região, já estava na cidade mas houve algumas peças que foram trazidas de outros núcleos através da Fundação Museu Nacional Ferroviário.

O investimento para a criação deste espaço foi de 923 mil euros, financiado em cerca de 50% por fundos comunitários. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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