A oposição chumbou o relatório de contas de 2018 da câmara de Freixo de Espada à Cinta.
O documento recebeu o voto contra dos dois vereadores do PS e ainda do vereador Rui Portela, eleito pelo PSD e que renunciou aos pelouros em Novembro passado. O relatório recebeu assim dois votos a favor da presidente e do vice-presidente do município. Segundo Nuno Ferreira, vereador socialista, o sentido de voto ficou a dever-se ao facto da presidente do município não ter esclarecido as dúvidas apresentadas sobre o relatório. “O relatório de contas é um documento político, a senhora presidente de câmara deveria ter explicado o que tem em execução, o que pretende executar e o que executou. As respostas dadas foram expressões como “é o que está aí”, “as contas estão aí, leiam, está aí tudo”. São respostas que nunca se poderão dar porque vai contra o que é o princípio da liberdade e do debate político, sobre um documento que é essencialmente político”, explicou.
Os vereadores do PS ficaram ainda preocupados com um aumento das despesas correntes no ano passado. “Uma das coisas que também nos levou a votar contra foi o acréscimo significativo das despesas correntes, com o qual não concordamos. Nomeadamente, o aumento com o custo de pessoal, que encareceu bastante. A aquisição de serviços, para a qual não nos deu nenhuma explicação, que é agravada por não existir qualquer referência aos investimentos que foram feitos ou à falta deles”, explicou.
O relatório de contas de 2018 do município de Freixo de Espada à Cinta foi agora enviado para o Tribunal de Contas que terá de se pronunciar sobre o documento. Contactada a presidente do município, Maria do Céu Quintas, remeteu declarações sobre este assunto para mais tarde, quando for conhecida a decisão do Tribunal de Contas.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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