“Aqui Jaz a minha Casa” cria desde o principio ao fim uma tensão permanente entre a vida e a morte, e desde os primeiros movimentos do único actor, Leandro Vale, se adivinha que a segunda triunfará sobre a primeira.
Leandro Vale surge aqui a desempenhar o papel de um homem moribundo, cansado de viver, asfixiado pela tortura da solidão. Um homem velho, doente e sem ninguém.A estória, muito bem construída e ainda melhor narrada pela sequência fílmica, mostra-nos os passos finais de um velho, de um velho só, doente e cansado, que anseia a morte e que para ela caminha com uma naturalidade tão factual que chega a impressionar pela proximidade que a personagem tem com o mundo real.
Esta curta vive de uma interpretação de alto nível do actor Leandro Vale, a que se junta uma banda-sonora que impregna nas cenas os verdadeiros pontos altos da tensão dramática que o filme transmite.
“Aqui Jaz a Minha Casa” é uma curta-metragem que parece anunciar a chegada de mais um jovem e interessante realizador ao mundo do cinema produzido de forma independente em Portugal.
Assistente de Realização: Sérgio Castro
Argumento: Aurora Morais e Rui Pilão
Actor: Leandro Vale
Director de Fotografia: Tiago Ribeiro
Operador de câmera: Tiago Ribeiro e Sérgio Castro
Edição e pós-produção: José Lemos
Música: bueno.sair.es
Pós-produção audio: Paulo Pintado / Indústria Rock
Produção: Aurora Morais e Rui Pilão
Produtor executivo: Rui Pilão
Storyboard: Aurora C. Fernandes
A julgar pela dita curta temos aqui um futuro realizador de seconds lifes e afins. Ser cineasta não é só saber uns movimentos de câmara e meter umas músiquinhas da moda. Já não tinha memória duma "coisa" tão ruim.
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