O cais de Bemposta, em pleno Douro Internacional, não reúne as condições necessárias para o embarque e desembarque de passageiros.
A constatação é da empresa turística que opera naquela zona, a Naturisnor, que muitas vezes se vê obrigada a pedir aos passageiros para se deslocarem até à berma do rio para poderem entrar no barco. “Na altura, a oscilação da água rondava os 3 metros e agora duplicou. Ou seja, diariamente há uma oscilação entre quatro e seis metros. Muitas vezes, o cais está um escorrega, é impossível as pessoas passarem por ali, outras vezes como a ponte é muito pesada a água não tem força suficiente para a fazer subir”, constata o empresário.
As obras de reforço de potência na barragem de Bemposta alteram o caudal do rio e é por isso que a actual infra-estrutura deixou de ser funcional.
Manuel Moredo lembra, no entanto, que as obras já terminaram há dois anos e é hora de tornar aquele espaço acessível a toda a gente para que possa ser licenciado.
“Há dias tivemos um grupo de 50 pessoas, com idades entre os 60 e os 90 anos e não têm condições para entrar e sair do barco”, lamenta Manuel Moredo.
Contactado pela Brigantia, o vereador das Obras Públicas do Município de Mogadouro, António Pimentel, diz que a autarquia só vai avançar com obras se a entidade responsável pela vistoria para conceder o licenciamento decidir nesse sentido. “Se a entidade que vem fazer a vistoria nos disser que temos que fazer obras e se entendermos que por uma questão de segurança também são necessárias a Câmara não terá qualquer problema em executá-las”, afirma António Pimentel.
O autarca garante que está prevista uma audiência pela entidade responsável pelo licenciamento, que está ligada ao Porto de Leixões, ainda este mês.
Escrito por Brigantia
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