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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A «Matemática dos Nossos Avós»


As tradicionais rendas, os bordados, a cestaria, a calçada portuguesa, encerram uma geometria que está agora a ser alvo de uma recolha sistemática. A iniciativa, «Matemática dos Nossos Avós» inserida no Ano Internacional da Matemática do Planeta Terra, pretende também identificar unidades de medida em desuso e recolher textos em forma de provérbio, adivinha ou lengalenga.
«A Matemática dos Nossos Avós» consiste em desvendar a geometria subjacente a algumas expressões da nossa cultura tradicional. Falamos de peças em cestaria, de trabalhos em rendas, de bordados, decorações de casas ou até mesmo da tradicional calçada portuguesa. Um trabalho que abrange igualmente a matemática da construção tradicional de casas, pontes, ferramentas ou embarcações portuguesas.
 A iniciativa, uma parceria entre o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e o Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (IELT) da Universidade Nova de Lisboa, pretende recolher materiais em forma de texto, áudio ou vídeo, promovendo ao mesmo tempo concursos, colóquios e debates sobre o tema, como explica ao Café Portugal Carlota Simões, coordenadora nacional do Ano da Matemática do Planeta Terra.
«A Matemática dos Nossos Avós» pretende ainda identificar unidades de medida já em desuso, adianta a investigadora, sem especificar, no entanto, algumas medidas, tendo em conta que o projecto arrancou há pouco tempo. 
«Esta recuperação é um dos objectivos que temos em mente. Haverá decerto medidas antigas ditas “oficiais” mas é possível que existam medidas regionais que podem ser desconhecidas mesmo por investigadores e que urge estudar», sublinha.
Outra das temáticas é a recolha de textos em forma de provérbio, adivinha ou lengalenga que estejam «relacionados com formas de contar ou medir», tudo, esclarece a responsável com o objectivo de «recolher esse património cultural antes que seja esquecido».
Carlota Simões realça que outra das grandes prioridades deste projecto passa por recolher o material e «torná-lo público, ficando permanentemente online nos sites do Museu da Ciência e do IELT». 
«É fundamental criar redes de contactos e trocas de informação entre pessoas e instituições que trabalham na mesma área», sublinha a investigadora.
Já toda a investigação em suporte áudio e vídeo ficará no site Memória Média
Recorde-se que desde 2009, o Museu da Ciência e o IELT vêm desenvolvendo projectos de recolha de conhecimento dito tradicional no âmbito do Ano Internacional da Astronomia (2009), com a iniciativa «O Céu dos Nossos Avós»; do Ano Internacional da Biodiversidade (2010) com o tema «Os Bichos; do Ano da Química com o projecto «Sopas, Caldos e Mezinhas», e que se prolongou até 2012; e em 2013 o Ano da Matemática do Planeta Terra, com «A matemática dos nossos avós».
Carlota Simões lembra que a estes projectos podem associar-se instituições, «que podem participar de diversas formas: recolhendo materiais em forma de texto, áudio ou vídeo, promovendo concursos, colóquios e debates». 
E acrescenta: «instituições como universidades seniores, lares, centros de dia podem ser fundamentais na recolha de materiais, mas também escolas, promovendo o diálogo entre gerações. 
No início de cada ano nunca conseguimos prever o impacto que terá o projecto, pois tal depende também das instituições parceiras, mas para este ano que agora começa, temos a vantagem de começar o ano com a publicação de um livro de recolhas de textos com alguma relação com a matemática», referindo-se à obra «Contas X Contos X Cantos e que +», da autoria de Ana Paula Guimarães e Adérito Araújo.

Ana Clara; Fotos: IELT
in:cafeportugal.net

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