A Câmara de Freixo de Espada à Cinta (PSD) acusou o anterior executivo (PS) de não pagar uma dívida 16 mil euros ao agrupamento de escolas referente ao fornecimento de refeições aos alunos do 1.º ciclo.
"O anterior executivo já tinha sido abordado, duas ou três vezes, pelo agrupamento de escolas para tentar saldar a dívida relativamente às refeições do 1.º ciclo de 2013. Todavia, em setembro, fizemos um apanhado geral e de facto a dívida ultrapassava os 16 mil euros", explicou o vice-presidente autarquia de Freixo de Espada à Cinta, Artur Parra.
O responsável acrescentou ainda que, no mesmo mês de setembro 2013, e já depois das eleições autárquicas, o assunto voltou a ser abordado pelos responsáveis pelo ensino no concelho junto do anterior executivo.
"Foi-lhes pedido que deixassem as contas saldadas em relação à dívida em questão”, disse o autarca, realçando que, contudo, a direção da escola "não foi atendida".
Artur Parra disse que quando o atual executivo tomou posse, em 18 de outubro, como sabia das dificuldades do agrupamento de escolas, saldou a dívida, já que se tratava de "uma quantia considerável" que pesava muito no erário da escola.
O pagamento da dívida "não foi uma tarefa fácil", já que o atual executivo municipal herdou uma "divida colossal”, sendo que, "graças a alguns esforços de tesouraria", as contas foram saldadas.
"Fico muito honrado, já que foi pago à escola aquilo a que tinha direito durante todo o ano de 2013. A educação faz parte das nossas prioridades para este mandato", enfatizou o autarca.
Artur Parra sublinhou que ao longo dos tempo foi sempre dito que a dívida estava incluída no Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), uma tese que o autarca colocou "em dúvida".
Em resposta, o anterior presidente do executivo camarário, o socialista José Santos, avançou que a dívida não foi paga através de fundos provenientes do PAEL porque poderia "não estar vencida".
"A fatura que esse senhor se vangloria de ter pagado estava inscrita no PAEL, assim não a poderíamos saldar, porque não foi o meu executivo a receber o dinheiro, mas o executivo eleito", sublinhou Santos.
Em jeito de conclusão, José Santos acrescentou que até à data da sua saída estava por pagar “pouco mais 11 mil euros e a relação do PAEL não poderia ser alterada".
in:rba.pt
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