No encontro Paulo Macedo terá assegurado aos autarcas que “a retirada do helicóptero não se coloca de momento”, comprometendo-se a “não alterar a situação”
A Comunidade Intermunicipal (CIM) de Trás-os-Montes anunciou hoje ter obtido o “compromisso” do ministro da Saúde, Paulo Macedo, de que o helicóptero de emergência médica vai manter-se em Macedo de Cavaleiros.
“Para já não sai”, afirmou à Lusa o presidente da CIM de Trás-os-Montes, o socialista Américo Pereira, apôs uma reunião com o ministro da Saúde hoje, em Lisboa.
No encontro Paulo Macedo terá assegurado aos autarcas que “a retirada do helicóptero não se coloca de momento”, comprometendo-se a “não alterar a situação”.
De acordo com a informação divulgada pela CIM de Trás-os-Montes, o ministro adiantou ainda que está “a realizar um estudo, que envolve a Força Aérea e que tem em vista a cobertura da assistência a toda a região Norte, para a construção de uma solução satisfatória”.
A permanência do helicóptero do INEM em Macedo de Cavaleiros centra atualmente as preocupações no Distrito de Bragança, o mais afastado dos hospitais de referência e que teme perder o meio de socorro considerado fundamental para uma assistência rápida e adequada.
Há mais de um ano que o INEM anunciou a intenção de deslocar a aeronave para Vila Real para servir toda a região Norte do país.
A intenção tem sido alvo de manifestações, os presidentes de Câmara do Distrito de Bragança levaram o caso a tribunal e o helicóptero mantêm-se na região, embora sob a ameaça de poder ser deslocalizado a qualquer momento.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu, numa recente visita à região que o meio aéreo “tem de ser partilhado” com outras populações.
O presidente da comunidade intermunicipal considerou a reunião de hoje “meio satisfatória”, explicando que “haverá alguma disponibilidade do ministro para não proceder de forma tão negativa para com esta região, mas também não foi ao encontro de tudo aquilo” que os autarcas desejariam.
O socialista Américo Pereira, que é também presidente da Câmara de Vinhais, espera ainda que “este período, que antecede as eleições Europeias não seja influenciador de levar os governantes a comprometerem-se com o que depois não podem cumprir”.
Outro dos temas abordados no encontro em Lisboa, foi o problema do subfinanciamento da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE), responsável pelos três hospitais e 15 centros de saúde da região.
“O ministro da Saúde assumiu o compromisso de rever os critérios da atribuição da capitação, no sentido de vir a ser reforçado o financiamento da ULS Nordeste”, revelou a CIM de Trás-os-Montes.
Os autarcas garantem ter obtido também a garantia do ministro Paulo Macedo de que “não haverá qualquer alteração” nas urgências da região até “à publicação de nova legislação” que está a ser elaborada.
Na reunião de hoje em Lisboa estiveram também presentes, além do ministro e do presidente da CIM, os secretários de Estado da tutela, o presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, Castanheira Nunes) o presidente da ULSNE, António Marçôa, e o vice presidente da CIM, o social-democrata Duarte Moreno, autarca de Macedo de Cavaleiros.
Lusa
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