O presidente da autarquia, Duarte Moreno, diz que só em material o município vai gastar cerca de 7500 euros. As obras deverão estar concluídas até ao final da semana. “Temos a reposição em calçada e depois temos um caminho que está pior de acesso a diversas propriedades que vamos ter que meter terras, cimento e algumas pedras. Estaremos em condições de dizer que para a semana estará tudo concluído”, realça o autarca. Técnicos da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Nordeste já estão no terreno a fazer os levantamentos dos prejuízos nas aldeias dos concelhos de Mirandela e Macedo de Cavaleiros.
O director Regional de Agricultura e Pescas do Norte assegura que na freguesia de Múrias, mais precisamente nas aldeias de Vale de Prados e Couços, foram destruídos mais de 20 hectares de culturas. “Verifica-se de facto que há uma grande quantidade de prejuízos. Há uma área afectada de cerca de uma vintena de hectares. De qualquer maneira nós temos que proceder a uma segunda fase de avaliação da zona, em que serão preenchidas fichas individuais por cada um dos lavradores e em que serão afectados a cada uma das culturas os prejuízos respectivos. Foram sobretudo hortícolas, olivais, sobretudo os olivais novos, e alguns prados permanentes.
A situação mais preocupante tem a ver com o arrastamento da camada de terra arável, houve vários campos que ficaram sem a camada de solo fértil e a reposição dessas camadas envolve alguns custos e compromete a continuidade de cultivo nessas zonas”, adianta Manuel Cardoso. Manuel Cardoso não garante, no entanto, ajudas para estes agricultores. O director regional diz que o enquadramento destes prejuízos em programas de apoio depende de uma decisão política. “Neste momento compete-nos apurar os prejuízos e caracterizá-los. A decisão se isto será enquadrável nalguns dos apoios previstos em situações análogas é uma decisão que competirá depois aos serviços centrais do Ministério da Agricultura e que será oportunamente divulgada”, esclarece o responsável.
Os técnicos da Direcção Regional de Agricultura estão também a fazer o levantamento na freguesia de Vilarinho do Monte, no concelho de Macedo de Cavaleiros, mas para já ainda não é conhecida a dimensão dos prejuízos nesta localidade.
Entretanto, a Associação Distrital dos Agricultores de Bragança pede ao Governo que apoie os produtores que perderam as suas culturas nos concelhos de Mirandela e Macedo de Cavaleiros. José Pegado, da direcção desta associação, diz mesmo que os agricultores afectados estão desanimados e alguns até falam mesmo em abandonar a actividade agrícola. “Que esses agricultores fossem ajudados, há medidas que poderiam ser criadas dentro do PRODER, caso o Governo estivesse interessado, que minimizasse as perdas que estes agricultores tiveram.
Os agricultores estão completamente desmotivados e muitos até querem abandonar”, afirma o presidente da associação. Esta associação representa cerca de1500 agricultores do distrito, alguns deles foram afectados pela trovoada que no passado fim-de-semana deixou um rasto de destruição em algumas aldeias dos concelhos de Mirandela e de Macedo de Cavaleiros.
Escrito por Brigantia
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