A matança do porco ainda é uma tradição que ainda resiste em alguns locais do nordeste transmontano. É o caso Gimonde, no concelho de Bragança. No passado sábado, a matança do porco reuniu mais de 50 pessoas na Quinta das Covas.
O dia começou com o mata-bicho, porque é preciso ganhar forças para enfrentar o animal de 120 quilos. Todos os anos se servem aos convidados amêndoas, nozes, figos secos, e também rojões, não faltando o presunto do porco morto dois anos antes. Essa é a única parte do animal que fica guardada, já que a restante é servida ao longo do dia, marcado pelo convívio que juntou na Quinta das Covas mais de 50 pessoas.
Para não deixar perder o costume antigo, um grupo de amigos realiza todos os anos o ritual, em que se recria um dia que, de acordo com Alfredo Teixeira, sempre esteve associado a festa. “Costuma ser um dia de festa da família, antigamente tratava-se de fazer a preparação para todo o ano, porque o sustento de uma família estava exactamente no porco”, sublinha o participante. Aproveita-se o frio, que é a altura mais propícia para ajudar conservar e refrigerar as carnes, para fazer o abate artesanal.
Alberto Fernandes, sócio-gerente da empresa que normalmente acolhe esta matança tradicional considera muito importante manter a tradição de outros tempos. “Sou da terceira geração, o meu pai e o meu avô já faziam. É um convívio para relembrar e para as pessoas mais novas saberem como é, também é sempre uma partilha e troca de conhecimentos”, constata. Para não deixar perder a tradição, há 22 anos um grupo de amigos se reúne numa matança tradicional do Porco, para recordar outros tempos.
Este é o tema da reportagem "Raízes" desta semana que pode ouvir mais logo na Brigantia, depois das notícias das 17 horas.
Escrito por Brigantia
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