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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Suspensão da Barragem de Foz Tua: Rendas de 300 milhões às empresas de energia podem acabar

A Petição - “Manifesto pelo Vale do Tua” é votada no Parlamento às 15h00, da próxima quinta-feira, 8 de janeiro. Mais de 7 300 pessoas defendem a suspensão imediata das obras da barragem de Foz Tua, a revogação da Portaria que atribui 300 milhões de euros de subsídios a fundo perdido às empresas elétricas e a reabertura do processo de classificação da Linha do Tua como Monumento de Interesse Nacional.

Pode bem ser o início do fim da construção da Barragem de Foz Tua, a primeira das sete previstas no Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH). Se for aprovada a pretensão dos peticionários, será suspensa uma obra que contribuiria com apenas 0,1% para a energia do País. Demasiado pouco para o prejuízo social, ecológico, económico e cultural que causaria, a um custo muito mais alto do que alternativas melhores.

Recentemente, um estudo da Universidade Nova de Lisboa provou que um posto de trabalho permanente na área do turismo de natureza e cultural - aquele que se pratica no Alto Douro Vinhateiro - é 11 vezes mais barato que um emprego na barragem.

Sendo construída, a barragem de Foz Tua destruirá a centenária linha ferroviária do Tua, daí que uma das exigências seja também a classificação da Linha do Tua como Monumento de Interesse Nacional. Desde que as obras tiveram início, um conjunto de ilegalidades têm sido cometidas, destacando-se a não reposição da mobilidade no Vale do Tua.

Recentemente, foi também aprovado o traçado da linha de muito alta tensão que ligará Foz Tua à rede nacional de eletricidade. Indo avante, rasgará a paisagem Património Mundial em clara infração ao estabelecido pela UNESCO em 2012, que recomendou “fortemente” que a linha não cruzasse o Alto Douro Vinhateiro.

O alegado investimento “privado” no Programa Nacional de Barragens é uma fraude. Durante os 75 anos das concessões, as famílias e empresas portuguesas pagarão uma electricidade 10% mais cara, porque as novas barragens encarecem fortemente o sistema eletroprodutor. 

Estas barragens são favorecidas com um escandaloso subsídio público de 300 milhões de euros, a fundo perdido. São obras de tal forma inviáveis que o atual governo inscreveu na lista de projetos submetidos ao Plano Juncker um pedido de 1 210 milhões de euros de fundos comunitários para barragens.

«É a altura de os deputados assumirem as suas responsabilidades. Ou defendem os interesses do País e dos consumidores e a petição é votada favoravelmente, ou defendem as grandes empresas de energia, construção e banca, os interesses do costume», argumenta João Joanaz de Melo, primeiro subscritor da Petição - Manifesto pelo Vale do Tua.

A Plataforma Salvar o Tua enviou uma carta-aberta aos 230 parlamentares da Assembleia da República e aos 21 eurodeputados. Na missiva, a plataforma multi-parceiros sustenta que “a Barragem de Foz Tua não é necessária ao país” e o que o PNBEPH “nada mais é que uma parceria pública privada encapotada, destinada a enriquecer alguns, obrigando os consumidores e o Estado a pesados encargos em detrimento de serviços essenciais.”

A Plataforma Salvar o Tua tem por missão proteger o Vale do Tua, um dos rios mais belos de Portugal, alertando para a incompatibilidade da construção da Barragem de Foz Tua com os vários valores protegidos pela classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial.

A Plataforma Salvar o Tua integra pessoas e organizações da sociedade civil.
Fundadores: AAVRT, ALDEIA, COAGRET, FAPAS, GAIA, GEOTA, LPN, Quercus, Quinta dos Murças, SPEA.

www.salvarotua.org

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