Fotografia © Rui Manuel Ferreira / Global Imagens |
Em nota enviada à agência Lusa, a presidente da APG das Terras de Miranda refere "que, relativamente ao assunto de botulismo, se demarca da marca em causa, "Origem Transmontana", de forma a garantir a proteção e segurança, quer dos produtos confecionados pelos produtores da associação, quer do consumidor final.
Ana Esteves disse que todos os produtos são confecionados em unidades certificadas, que obedecem a padrões de qualidade e segurança alimentar.
A APG das Terras de Miranda representa produtores pecuários e de doçaria dos concelhos de Miranda do Douro e Mogadouro, no distrito de Bragança.
Está associação junta-se assim, a outras entidades nordestinas que garantem que o produtos transmontanos "são de confiança" e não apresentam, " perigos para a saúde pública.
Também hoje, a gestora do fumeiro certificado de Vinhais também se demarca da marca envolvida em casos de botulismo, afirmando que os produtos da empresa em causa "não estão sujeitos" a controlo de entidades certificadoras.
A Associação Nacional de Criadores de Suínos da Raça (ANCSUB) Bísara é a entidade gestora de todo o processo de certificação e controlo das diferentes peças do fumeiro de Vinhais, desde o salpicão ao presunto, que são comercializadas com "Indicação Geográfica Protegida".
"A marca 'Origem Transmontana' é apenas uma marca comercial de um pequeno e recente produtor de fumeiro que não pode desvirtuar a qualidade e a confiança que os nossos produtos transmontanos têm merecido ao longo dos anos", lê-se no comunicado da ANCSUB.
A Associação Comercial e Industrial de Mirandela (ACIM), gestora da Alheira de Mirandela, emitiu hoje um comunicado no mesmo sentido.
Os maiores produtores da Alheira de Mirandela foram confrontados ao longo do dia de hoje com cancelamento de encomendas e dúvidas de clientes e consumidores devido á associação com os casos de botulismo, cuja contaminação terá tido origem, segundo as autoridades, em alheiras comercializadas pela marca "Origem Transmontana".
Um comunicado conjunto da Direção-Geral da Saúde, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge dava conta, no sábado, de que foram detetados este mês três casos de botulismo alimentar.
A origem destes casos de doença foi associada à ingestão de produtos alimentares fumados (alheiras), comercializados com a marca "Origem Transmontana" e, após investigação, as autoridades decidiram retirar de imediato do mercado os produtos à base de carne e os queijos da marca "Origem Transmontana".
Na nota de imprensa emitida é explicado que o botulismo alimentar é uma doença grave, de evolução aguda, com sintomas digestivos e neurológicos, resultante da ingestão de diversos tipos de alimentos, contendo toxinas formadas pelo Clostridium botulinum no próprio alimento.
A Lusa contactou o responsável da marca comercial envolvida na polémica do botulismo que não quis prestar declarações, adiantando, porém, que tem "estado em contacto permanente com as autoridades, a colaborar em tudo, e com clientes e produtores/fornecedores".
Diário de Notícias Agência Lusa
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