segunda-feira, 23 de maio de 2016

"Mega agrupamentos têm de ser revertidos", considera a coordenadora do SPN

Os mega agrupamentos não são a melhor forma de gestão dos estabelecimentos escolares e mais tarde ou mais cedo vão ter de acabar. Uma ideia vincada no passado sábado, em Bragança, pela coordenadora do Sindicato dos Professores do Norte (SPN).
O seminário “Democracia participativa na administração educacional “, promovido pelo sindicato, serviu para discutir a autonomia das escolas e a rede escolar. 
A coordenadora do SPN, Manuela Mendonça, não tem dúvidas que os mega agrupamentos não fazem sentido. “Não há mais nenhum pais no mundo em que esta reforma de rede tenha sido feita. 
Consideramos que os mega agrupamentos são completamente irracionais, do ponto de vista pedagógico, são espaços desumanizados, que juntam escolas que distam dezenas de quilómetros uma da outra, o que também acontece em Bragança e não é aceitável”, referiu. A responsável admite que a reversão dos mega agrupamentos poderá ser um processo dispendioso e demorado mas acredita que vai ter de ser uma realidade. “Os mega agrupamentos foram constituídos apenas porque se poupava muito dinheiro com essa agregação de escolas. Não há aqui nenhum outro objectivo, sob o ponto de vista pedagógico e educativo, apesar de se dizer que sim. 
Reverter esta agregação de escolas custa muito dinheiro e a própria tutela admite isso. Nós pensamos que isto terá que ser revertido em algum momento, mas não temos expectativa que seja tão rapidamente quanto desejaríamos”, lamentou a representante do sindicato. 
Da mesa de oradores deste debate fez parte o director do Agrupamento de Escolas de Carrazeda de Ansiães. Jerónimo Pereira referiu que inicialmente, o processo de fusão de agrupamentos “não foi pacífico”, no entanto, a diminuição de alunos acabou por “atenuar o problema”.
Durante este encontro de professores foi ainda discutida a forma de funcionamento do conselho pedagógico e foi defendida a ideia da FENPROF, de criar conselhos locais de educação, como forma de descentralizar o sistema educativo, alternativa à municipalização do ensino. 

Escrito por Brigantia

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