Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Antigo professor primário de Morais homenageado por ex-alunos

Morais, no concelho de Macedo de Cavaleiros, quis homenagear Augusto Jorge Calejão, antigo professor primário da aldeia, e que deixou marcou para toda a vida quem se sentou na sala de aulas que presidia.
A travessa junto à escola primária passa agora a chamar-se “Travessa Professor Calejão”, por sugestão dos antigos alunos. João Rodrigues é o porta-voz.

“Era um homem muito humano, para além de ser um grande mestre. Era um exemplo de cidadão, que me marcou para toda a vida.

E também estive muitas noites em casa dele, ao pé dos filhos. Ficava entregue à família, quando os meus pais tinham de se ausentar para Talhas, de onde a minha mãe era natural. Era a única forma de poder continuar a frequentar a escola.”

Uma proposta que o Junta de Freguesia não podia recusar, diz o presidente Mário Teles.

“Os antigos alunos reconheceram o trabalho que ele fez pela freguesia e pela aldeia. Falam do Professor de tal maneira, que não poderíamos deixar de nos associar.”

O professor faleceu há 46 anos, ainda a exercer a profissão. Para inaugurar a rua estiveram as três filhas. Amélia Calejão conta que quando souberam desta homenagem ficaram muito emocionadas, e relembra o pai.

“Soubemos há oito dias, e há oito dias que andamos com a lágrima no canto do olho.

Foi muito gratificante, passados estes anos todos, ver que ainda se lembram tanto do meu pai.

O meu pai tinha um feitio muito peculiar. Dava-se com toda a gente, ensinava, tinha todas as artes. Fazia teatros, cantava bem, dava injeções às pessoas… Confortava as pessoas quando morria alguém, e até ajudou um aluno que ficou sem pais. “Por todos, não podemos deixar o Manuelzinho morrer”, dizia. E esse aluno ainda hoje fala nisso.

Muito emocionada também, Maria Lurdes Calejão foi uma das filhas que se tornou professora primária inspiarada justamente pela carreira do pai.

“Foi uma surpresa, e as surpresas são sempre muito bem-vindas. Fica a marca, ali com aquela placa, da passagem do meu pai por Morais. Desta aldeia, lembramos os bons tempos que cá passamos, e o bem que as pessoas nos trataram.

O meu pai era uma pessoa muito especial. Era professor, e a minha avó também. Escolhi a mesma profissão inspirada principalmente por ele.”

Augusto Jorge Calejão foi professor em Morais durante 15 anos, entre a década de 40 e 50. Depois, mudou-se para Chacim, no mesmo concelho, onde trabalhou mais 12 anos, até à morte.

Oriundo de uma família natural de Vila Flor, acabou por nasceu na Amendoeira (Macedo de Cavaleiros). Dedicou a vida ao ensino, numa altura em que muito faltava nas aldeias transmontanas, e conquistou o carinho perene dos ex-alunos e habitantes, que o quiseram lembrar ao atribuir o seu nome a uma rua de Morais.

Escrito por ONDA LIVRE

Sem comentários:

Enviar um comentário