O Museu da Língua Portuguesa que, tal como o Mensageiro adiantou em primeira mão, vai receber 3,5 milhões de euros de fundos comunitários, “não podia ter melhor localização no país”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, procurou, assim, pôr fim a uma polémica criada pelas declarações do presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, questionando a localização em Bragança em vez do seu concelho, berço da segunda língua oficial de Portugal.
Marcelo Rebelo de Sousa falava no Museu Abade de Baçal, em Bragança, que aproveitou para visitar no âmbito da iniciativa Portugal Próximo, que realizou em Trás-os-Montes no início da semana.
“Quero aproveitar a ocasião para, na presença do professor Adriano Moreira, reiterar o patrocínio a um sonho seu que é o de aqui criar um museu que possa assinalar não apenas a língua mas a cultura e a projeção portuguesa no mundo. É um sonho que acompanhamos e apoiamos e que não poderia encontrar melhor localização no país”, sublinhou o Presidente da República, que destacou ainda “o quanto este museu [do Abade de Baçal] tem contribuído para Bragança”, agradecendo, ainda, a Adriano Moreira “pela sua ideia” de criar o Museu da Língua.
Adriano Moreira gostou do que ouviu e fez um pedido: “que a obra comece rapidamente”.
Sobre a polémica oriunda de terras de Miranda é que foi parco em palavras. “Não tenho a menor noção. Nunca ouvi falar nisso. O meu tempo já é pouco, dedico o que me resta a Bragança”, frisou.
Sobre o Museu da Língua Portuguesa, Adriano Moreira destaca a sua importância. “Nesta época difícil, Portugal tem janelas de liberdade como a CPLP, a Plataforma Continental a que ninguém está a ligar importância suficiente exceto as universidades, e a língua. Por exemplo, quando saímos de Macau, deixámos uma escola de português. Há lá 15 neste momento. A Universidade Católica de Tóquio tem, neste momento, quatro cátedras de português. O site das Nações Unidades foi renovado no ano passado para oito línguas, uma delas o português.
Só havia um museu da Língua Portuguesa, era em S. Paulo, mas ardeu. A partir dessa altura lançámos a ideia. Conseguimos andar depressa. Temos estatutos, com um conselho de curadores que inclui praticamente todas as academias portuguesas e a Academia Galega da Língua Portuguesa, a Ordem dos Engenheiros. Depois temos o Conselho Executivo, com o presidente da Câmara de Bragança, o presidente do IPB e o Presidente da Academia das Ciências. Temos 3,5 milhões de euros para fazermos a obra e já escolhemos o sítio. Espero que não se perca tempo”, pediu o antigo governante.
in:mdb.pt
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Sinto-me muito feliz por esta escolha .Bragança também é cultura ...Obrigada Prof. Adriano Moreira .Como bom transmontano,não esquece as suas raízes !
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