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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Presidente agradece ao povo de Trás-os-Montes

No último dia da segunda edição do “Portugal próximo” Marcelo foi igual a si próprio, distribuiu afetos e elogiou a resistência do interior que teima em criar emprego e fazer obras de excelência e agradece ao povo de Trás-os-Montes o bom acolhimento demonstrado.
O dia começou cedo bem lá no meio do Distrito de Guarda, Concelho da Meda, em Longroiva com Marcelo Rebelo de Sousa inaugurar o novo pólo termal de Longroiva, que integra também um hotel rural cujas portas abriram em Fevereiro após profunda requalificação que envolveu um investimento de 5 milhões de euros.

Na aldeia de Longroiva, onde residem cerca de 300 pessoas, muitas das quais idosas, esta nova unidade hoteleira que começou a funcionar no início do ano e criou cerca de 50 postos de trabalho.

As termas, indicadas para terapias reumáticas, respiratórias e músculo-esqueléticas, serviram sobretudo para o presidente se distender em conversas amenas sobre futebol, a seleção portuguesa em França, “ganhamos, ganhamos, ganhamos e o Ronaldo marca um”.

Na campanha eleitoral Marcelo passou pela aldeia dormiu no Hotel, gostou do que viu nas renovadas termas indicadas para terapias reumáticas, respiratórias e músculo-esqueléticas já licenciado, mas ainda não aberto ao público. Deixou uma referência elogiosa no livro de visitas e prometeu aos promotores, os irmãos José, João e António Amado, que se fosse eleito podiam contar com ele para inauguração e cumpriu.

A oportunidade surge para a semana no âmbito da segunda edição do "Portugal próximo", com 15 iniciativas em dois dias e meio. “É um homem de palavra, aceitou o desafio que lhe lançámos e vai agora cumprir a promessa”.

O Presidente da República pediu para que não se deixe morrer o termalismo em Portugal e apelou à criação de um regime jurídico e legal que permita o desenvolvimento do turismo termal.

O tema passa rapidamente para a bola e referindo-se á seleção “Eles estão ali a representar os portugueses de todo o mundo e, portanto, eles têm de pensar nos portugueses de todo o mundo”, afirmou, para o Presidente da República, “o grande mérito da seleção é a união” conseguida num “período muito curto de tempo”.

O desporto dominava as conversas, mas no concelho de Vila Nova de Foz Côa o edifício do Centro de Alto Rendimento de Remo e Canoagem no Pocinho, domina por completo a comitiva, de facto há um casamento feliz com a paisagem um projeto do arquiteto Álvaro Fernandes Andrade, foi concebido para os atletas de alta competição, um centro de excelência que venceu o Premio Nacional de Imobiliário 2016 na categoria de Equipamentos Coletivos.

O Concelho de Foz Côa insere-se num território classificado duplamente como Património Mundial da Humanidade pela Unesco, pelas Gravuras Rupestres e pelo Alto Douro Vinhateiro.

Este edifício vem valorizar ainda mais esta região, já que o Centro de Alto Rendimento de Remo do Pocinho se encontra entre os melhores do mundo para a preparação e formação dos praticantes deste desporto na alta competição de Remo e Remo Adaptado, podendo albergar até 180 atletas em "instalações de topo" para a prática, desfrutando de uma extraordinária vista e enquadramento paisagístico único.

A comitiva era esperada pelos membros do Governo, o Ministro de Educação Tiago Brandão Rodrigues e pelo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto João Rebelo, vários presidentes de Câmara e o reitor da UTAD, amigos e inúmeros populares, o presidente de câmara de Foz Côa tinha preparado um pequeno teatro ao ar livre, mas no preciso momento em que o Presidente cumprimentava efusivamente todos os presentes, na sua habitual troca de afetos, cai uma bátega de água de trovoada, obrigando todos a fugir a abrigarem-se, um agrupo de crianças desorientadas ficou, Marcelo foi lá, a manha estava ganha, uma valente molha também.

Com tanta gente foi necessário mudar o local dos discursos, no auditório sem microfones, Marcelo brincou com os microfones dos jornalistas para explicar que o "Presidente está rigorosamente ao centro".

"Vejam que o Presidente tão depressa é recebido por presidentes da câmara de direita como de esquerda e tão depressa está atendo aquilo que faz o Governo como àquilo que diz a oposição e a preocupação é estar rigorosamente no centro da vida política portuguesa", frisou, terminando a puxar pela seleção Portuguesa de futebol a dizer que logo vai lá estar no Estádio de Lyon a torcer pela equipa.

Para terminar esta segunda edição do “Portugal próximo” nada melhor do que uma viagem de barco no rio Douro, num pequeno troço ente o Pocinho e o Tua. O barco lindíssimo, bem recuperado, “é propriedade do Município de Vila Nova de Foz Côa para promoção turística e está ao serviço do Concelho para grupos de visitas escolares, Lares de idosos e outros eventos” segundo palavras do Eng.Gustavo Duarte.

Marcelo navega no Douro em sonho de há 30 anos como teve a oportunidade de recordar, “ foi no tempo do dr. Balsemão como Primeiro-ministro era eu dos Assuntos Parlamentares, tinha o pelouro da navegabilidade do Douro, que era um sonho, que não era pacífico na classe política portuguesa, parecia completamente megalómano".
"Trinta e tal anos depois, é a primeira vez que eu venho ao mesmo sítio a verificar que era possível e que as minhas lutas com alguns políticos da altura, que me achavam um pouco louco, tinham razão de ser", rematou.

Como balanço final da visita a Trás-os-Montes concluiu que "apesar de o país ter melhorado em muitos aspetos ao longo das últimas décadas e ser muito diferente do que era, ainda há um esforço de aposta em regiões que precisam de uma especial atenção".

Marcelo prometeu que na audiência semanal, com o primeiro-ministro, António Costa, vai dizer que “as regiões do Interior de Portugal precisam de apoios específicos e de fundos comunitários e sem esquecer a Unidade de missão ”.

Realçou que encontrou "saltos enormes nas universidades, nos politécnicos, nalgumas empresas, nas autarquias, museus, vários equipamentos culturais ou desportivos de alta competição, o país está a mudar", frisou.

"Encontrei bom ambiente com todos os autarcas, PS e PSD, bom acolhimento de todas as populações, projetos de futuro arrojados, corajosos, mas com pés para andar, muita cultura, muita aposta na qualidade de vida, alguns exemplos de novas empresas, que apostam na criação de emprego nesta região".

A viagem de barco Marcelo mostra o seu lado intimista e solitário, conversa com os jornalistas de uma forma distendida, olhos nos olhos e absorvendo tudo. A sua passagem pelo Expresso molda-o para sempre, ajuda-o a transforma a sua personagem, adapta-se ao meio em que estiver num autentico mimetismo, um Zelig que está tão à vontade na personagem de Presidente que ele próprio diz que é transitório, numa visão republicana do cargo, eu “exerço a presidência em nome das pessoas”.

O presidente confidenciou ainda que vai descansar 10 dias de férias em Agosto, depois do Jogos Olímpicos do Brasil, e que para o ano vai parar as deslocações pelo país, que será na primavera do ano que vem por causa das eleições autárquicas", frisou.

O barco atraca novamente no cais, após uma viagem de quase duas horas, onde foi servido um almoço volante a bordo para a pequena comitiva e jornalistas, partiu como começou, frugal, séquito reduzido, o minino indispensável para funcionar, sem honrarias, sem batedores, amável, simples um de nós, para trás deixou Trás-os-Montes e rumou a França para assistir ao Jogo da seleção.

António Pereira
in:diariodetrasosmontes.com

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