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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

“TRÊS ÁS”, o Sapateirinho

No dia 10-02-1934 nasci na freguesia da Sé, concelho de Bragança, onde com os meus 7 aninhos de idade fui para a escola, 1.ª classe como se chamava naquele tempo na escola do Bairro da Estação segui os anos todos até a 4.ª classe sempre com a mesma professora, D. Alice, grande senhora e boa professora, fiz o exame com distinção.
Em continuação da minha historia da vida, minha mãe levou-me a aprender uma arte que era a de alfaiate, da qual eu não gostei. Fugi dela até que a minha mãe me foibuscar ao rio, que era o nosso refugio de rapazitos. Puzeram-me a aprender a arte de sapateiro, de que, aí sim, gostei da arte até que chegou a altura de ir para o serviço militar no ano 1955. Fomos 4 sapateiros para Lisboa para o grupo de companhias do Trem Auto, onde me foi dada a especialidade de condutor e fui para chaufeur dum Brigadeiro, andei com ele 7 meses até que regressei ao quartel para ir para manobras em Santa Margarida. Fui 3 anos (1955-1957) passando à disponibilidade. Vim para a minha santa terrinha, voltando à arte de sapateiro para a oficina do Sr. Malã. Permaneci aí mais uns anos e especializei-me na arte. Um certo dia chamaram-me, por ordem do treinador João Soares, para ir treinar no Desportivo de Bragança, onde fiquei. Estive 3 temporadas pois era jeitoso a jogar a bola. Chegou a altura de sair da arte e ingressei nas forças policiais, em Lourenço Marques, onde estive 15 anos, sendo ano e meio a patrulha, o resto foi como encarregado da oficina de sapataria até que regressei a Portugal em 1975.
Regressado a Portugal fui para o quadro geral de adidos 4 meses, até que me chamassem para ingressar nas fileiras da polícia em Lisboa. Estive lá 9 meses, regressando ao Porto, comando do distrito, onde permaneci 11 anos. Éramos 22 homens na sapataria, na oficina e eu a trabalhar com as máquinas da sapataria do comando distrital até ao dia da minha aposentação. Agora a minha tarefa depois de reformado é ser artesão, de um artesanato que é distinto (são sandálias e soquinhas em miniatura para embelezar o frigorífico).

Alexandre António Aleixo
in:jornalnordeste.com

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