Doutor em teologia pela Universidade de Coimbra, cónego mestre-escola na Sé de Bragança por decreto de 12 de Março de 1868, governador e vigário capitular do mesmo bispado no seminário, no qual foi professor de ciências eclesiásticas por muitos anos, até que em 1885 se despediu.
Nasceu em Bragança a 22 de Janeiro de 1835 e aqui faleceu a 9 de Julho de 1897; filho de António José Baptista e de D.Maria Inocência. Os apelidos «Oliveira» e «Mós», que usara, provieram-lhe: este de seu avô paterno e aquele de sua avó materna.
Tornou-se notável pela coragem com que resistiu ao governo, que, pela morte do bispo Feijó, sucedida a 7 de Novembro de 1874, pretendia, baseado no contestado direito de insinuação régia, nomear vigário capitular, como nomeou, o doutor formado em teologia José Maria da Cunha, contra a vontade do cabido que elegera Oliveira Mós. O caso foi muito debatido na imprensa, e ainda hoje é memorado quando aparecem casos idênticos. O padre Mós e o seu cabido foram pronunciados por se recusarem a dar posse ao insinuado, mas obtiveram sentença favorável nas instâncias superiores, e o governo, para ultimar a questão, apressou-se em fazer a nomeação do novo bispo.
O padre Oliveira Mós foi presidente da junta governativa da diocese de Bragança em 1865, depois governador da mesma diocese desde 2 de Março a 31 de Outubro de 1869 e ainda em 1871.
Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança
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