A iniciativa partiu do Centro de Investigação de Montanha (CIMO) do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) que desafiou outras instituições de Espanha e Andorra e foi hoje o anfitrião da constituição e as questões relacionadas como funcionamento e a agenda de investigação.
A presidência foi entregue ao CIMO que já faz parte da rede Portuguesa de Montanhas de Investigação e decidiu alargar o conceito aos vizinhos espanhóis, como explicou a investigadora Isabel Ferreira.
"Cada vez mais nesta área é preciso trabalhar em parceria para juntos poderem captar mais financiamento e construir equipas mais sólidas e com maior massa critica", afirmou.
Como existem várias montanhas na Península ibérica que "atraem muito interesse do cientistas e da investigação à volta desta temática", a investigadora defende que "faz todo o sentido abordar todas as questões relevantes para a montanha, que vão desde os problemas das alterações climáticas à floresta, o ambiente, setor agroalimentar, turismo, saúde".
O investigador Angel Penas, da universidade espanhola de Leon espera que esta rede "seja apoiada pelos governos português, espanhol e andorrano" e que esta parceria venha a abrir-se "a outras instituições portuguesas e espanholas também de caráter não científico, como empresas".
Angel Penas realçou como "particularidade a ter em conta" neste trabalho conjunto de investigação, "a forma como as montanhas estão a ser afetadas pelas alterações climáticas globais e como serão no futuro do ponto vista social e económico".
Tal como em Portugal, também em Espanha "há territórios bastante despovoados" e aqueles onde este fenómeno ainda não é tão evidente "correm o risco de, se a população não tivere meios, acabarem por ficar sem gente".
Agência Lusa
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