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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Cartas de condução voltam a tribunal com 118 novos arguidos

O megaprocesso de uma rede de corrupção com cartas de condução, em Bragança, vai voltar a julgamento com 118 novos arguidos do caso em que já foram julgadas 111 pessoas, a maioria das quais condenada.
A informação foi divulgada hoje na página oficial da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, que dá conta da decisão datada de 02 de abril do Tribunal Judicial da Comarca de Bragança de levar agora a julgamento a maioria das mais de 160 pessoas que ainda não se sentaram no banco dos réus.

O julgamento começou, em 2015, em Bragança, e estas pessoas não responderam criminalmente porque viram o processo suspenso provisoriamente com o compromisso de contribuíram para a verdade, o que o tribunal entendeu agora não ter acontecido e, por isso, foram pronunciados para serem julgadas em data ainda a marcar.

O processo tem origem no juízo de competência genérica de Mirandela, mas o novo julgamento deverá decorrer na sede da comarca, em Bragança, tal como o anterior, que obrigou o Estado a arrendar um espaço no Centro Empresarial devido à quantidade de arguidos e outros intervenientes.

Os 118 arguidos agora pronunciados são, segundo a Procuradoria, todos os candidatos acusados de “corrupção e falsificação de documento” por alegadamente terem pagado “quantias monetárias para aprovação nas provas teórica e prática de habilitação com título de condução”.

Todos os arguidos respondem pelo crime de corrupção ativa para ato ilícito e 97 deles também pelo crime de falsificação de documento.

A Procuradoria explica que os “factos reportam-se ainda à atividade de centros de exames de condução de Bragança e de Mirandela nos anos de 2004 a 2013”.

No anterior julgamento, que se prolongou por mais de dois anos, foram condenados pelo crime de corrupção passiva oito examinadores e 26 intermediários, dados como perdidos a favor do Estado cinco milhões de euros e apreendidas dezenas de títulos.

Neste processo estava em causa, segundo a acusação, “o esquema montado de viciação de resultados das provas teórica e prática de condução, de modo a possibilitar, a troco de dinheiro, a aprovação em tais exames a pessoas sem condições ou disponibilidade para obter a carta de condução”.

Muitos dos candidatos não sabiam ler nem escrever, não tinham residência em território nacional e não cumpriram o número de aulas presenciais de formação obrigatórias ou já tinham sido reprovados antes várias vezes.

Os 118 arguidos que vão agora ser julgados pretenderam “como candidatos beneficiar deste esquema, mediante o pagamento de importâncias em dinheiro para a aprovação em exame com vista à obtenção de título de condução”, descreve a acusação.

Segundo a fonte, estas pessoas “não foram julgadas com os demais por haver a possibilidade de beneficiarem da suspensão provisória do processo caso contribuíssem ativamente para a descoberta da verdade no primeiro julgamento, onde foram julgados os agentes corrompidos”.

“Como nenhum deles contribuiu foram agora acusados, nos termos referidos, com base em certidão extraída daquele processo”, explica a Procuradoria-Geral Distrital do Porto.

in:diariodetrasosmontes.com
C/Agência Lusa

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