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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Projeto Sentinelas: jornada técnica debate estratégias de combate ao uso ilegal de venenos

A Palombar – Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural organizou, no âmbito do projeto Sentinelas (www.sentinelas.pt), a jornada técnica intitulada “Estratégias de Combate ao Uso Ilegal de Venenos em Portugal”, que teve como objetivo reunir as entidades que têm vindo a trabalhar nesta área e debater as linhas estratégicas para fazer face a esta ameaça à conservação da biodiversidade e dos ecossistemas, e à saúde humana. 
José Pereira, presidente da Palombar, faz a abertura dos trabalhos da Jornada Técnica.
Arqt. Luísa Jorge, Chefe de Divisão de Áreas Classificadas do Departamento Regional de Conservação da Natureza e Biodiversidade do ICNF - Norte, fala na abertura da Jornada Técnica.
A jornada, realizada em colaboração com o ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, e com o apoio do PNPG - Parque Nacional da Peneda-Gerês, decorreu no dia 12 de dezembro, no Auditório do Centro de Educação Ambiental do Vidoeiro, Vila do Gerês, e contou com a participação de 46 pessoas, de várias entidades, nomeadamente da Palombar, Universidad de Oviedo (Espanha), ICNF, LPN - Liga para a Proteção da Natureza, SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, GNR/SEPNA - Guarda Nacional Republicana - Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente, Grupo Lobo e INIAV - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária. 

Uso ilegal de venenos em Portugal e os riscos para a águia-imperial-ibérica: a experiência do LIFE Imperial; Combate ao uso ilegal de venenos no âmbito do LIFE Rupis; Sistema de monitorização de lobos mortos; A importância do exame pós morte em casos de envenenamento; Programa Antídoto Portugal: Novo Protocolo; Atuação SEPNA, NAT e equipas cinotécnicas; Projeto Sentinelas: ferramenta complementar ao Programa Antídoto Portugal e Red contra el furtivismo en el norte de España foram os temas das apresentações realizadas durante a jornada técnica. No final da jornada, promoveu-se uma discussão sobre os temas abordados. 


Brevemente, será disponibilizado no site do projeto Sentinelas um documento com o resumo das apresentações e dos temas debatidos durante este evento.

Sobre o projeto Sentinelas 
‘Sentinelas - marcação e seguimento de grifos Gyps fulvus como ferramenta de combate ao uso ilegal de venenos em Portugal’ é um projeto da Palombar – Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural, financiado pelo Fundo Ambiental – Ministério do Ambiente e da Transição Energética e desenvolvido em território da Rede Natura 2000. Tem como parceira a Universidade de Oviedo, em Espanha.

O projeto Sentinelas tem como principal objetivo: criar uma rede de sentinelas através da marcação, com dispositivos GPS e anilhas, de exemplares de grifo (Gyps fulvus) que possibilite obter informação sobre o uso ilegal de venenos no norte de Portugal, o qual representa um sério problema para a conservação da biodiversidade, dos ecossistemas e para a saúde pública; o projeto contribuirá também para avaliar outras ameaças para as aves necrófagas, como mortalidade em linhas elétricas ou parques eólicos, e obter informação sobre a disponibilidade de alimento no campo para estas espécies; poderá ainda ser obtida informação adicional sobre potenciais conflitos entre algumas atividades humanas tradicionais, como a caça ou a pecuária, e predadores nas zonas de implementação do projeto.

A rede de grifos-sentinelas marcados no âmbito do projeto Sentinelas será implementada em quatro Zonas de Proteção Especial (ZPE) situadas no norte do país, áreas da Rede Natura 2000 onde existem importantes populações de aves necrófagas: ZPE “Serra do Gerês” (PTZPE0002); ZPE “Montesinho/Nogueira” (PTZPE0003); ZPE “Rios Sabor e Maçãs” (PTZPE0037) e ZPE “Douro Internacional e Vale do Águeda” (PTZPE0038).

O uso de venenos está intrinsecamente associado a uma forte componente social, por isso, o projeto Sentinelas contempla uma componente de educação e sensibilização das comunidades locais sobre o perigo do uso de venenos, quer para a saúde pública, quer para os animais domésticos, fauna silvestre e ecossistemas, bem como sobre a importância ecológica das aves necrófagas e outras ameaças que estas enfrentam.

As ações de sensibilização e educação ambiental serão realizadas nos municípios abrangidos pelas quatro ZPE onde o projeto será implementado e serão dirigidas a diferentes públicos: grupos de interesse específicos, incluindo criadores de gado, caçadores e agricultores, por serem aqueles mais suscetíveis a conflitos com a fauna silvestre; comunidade escolar (alunos dos ensinos básico e secundário) e público em geral.

O teatro em comunidade também será usado como ferramenta pedagógica, mobilizadora e transformadora de mentalidades durante as sessões de sensibilização e educação ambiental.

Pretende-se que as quatro ZPE incluídas neste projeto funcionem como áreas-piloto a nível nacional e que a rede de sentinelas criada como ferramenta de combate ao uso ilegal de venenos possa incluir outras espécies e ser, posteriormente, alargada a outras zonas de Portugal problemáticas relativamente à incidência do uso de venenos.


Esta estratégia permitirá que Portugal fique cada vez mais alinhado com a tendência que a União Europeia pretende estabelecer, no sentido de que exista uma maior coordenação entre os Estados membros para combater este e outro tipo de crimes ambientais. 

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