quinta-feira, 25 de novembro de 2021

A VIOLÊNCIA E O EXEMPLO DOS PARLAMENTOS

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

O péssimo exemplo que os políticos, em geral, dão nos parlamentos, insultando, ridicularizando os antagonistas, leva, por certo, a população a comportar-se de modo semelhante.
Em vez de tentarem criar pontes conciliares, apaziguar os mais impulsivos, tentam, quantas vezes, explorar os conflitos, a seu favor, ou até fomentando-os.
Palavras incongruentes, ditos sarcásticos, risos de mofa, representam falta de educação e leva em regra a atos de violência física e verbal nos cidadãos, por imitação.
Eu sei, que outrora, o comportamento dos que representam o povo, não era melhor ou até muito pior, do que se vê e ouve hoje, na rádio e na TV de vários países.
A diferença é, que tudo se passava dentro das paredes dos parlamentos, agora com as transmissões diretas, esse frenesim, os diálogos, que por vezes parecem de antigos saleiros ou arruaceiros, são espalhados ao quatro mundo.
Conhecemos a famigerada violência nos campos de futebol e a feroz rivalidade entre adeptos, alimentada por intervenções públicas, dos responsáveis pelos clubes desportivos.
O mau exemplo vem sempre de cima, daqueles que mandam.
O povo é massa amorfa, age de modo imitativo. Se sente paz e concórdia, entre os partidos e dirigentes desportivos, comporta-se como tal.
Se pretendemos que reine a paz na via publica e no mundo, e até nos lares, não basta os responsáveis transmitirem palavras aconselhadoras ou conciliadoras, é necessário darem o exemplo, e sobre tudo serem educados.
Infelizmente, pelo que se vê, em todas as nações paulatinamente, está a perder-se o bom senso e a educação, na classe dirigente.

Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

1 comentário:

  1. -Meu caro Senhor, estou de acordo consigo mas, eu ressalvo o seguinte: Em Portugal, desde o 25 de Abril nunca vi (felizmente!) no nosso Parlamento cenas de violência física que vi em vários parlamentos, por essa aldeia global fora. A minha ressalva não pretende desculpar nada dos maus exemplos que aconteceram ou voltem a acontecer na nossa Assembleia da República. No entanto o "seu a seu dono" nem quando a então Assembleia Constituinte (1975) funcionou e elaborou a Constituição em pleno "prec" isso aconteceu, "se bem me lembro" assim foi até agora, 46 anos depois.

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