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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Miranda do Douro — Magnífico Concerto de Ano Novo 2022

 Neste tempo em que vivemos, há que arranjar alternativas ao isolamento, sem comprometer a nossa saúde e a dos outros. E foi a pensar nisso que resolvi ir até Miranda do Douro. 
O cartaz da edilidade anunciava, para dia 1 de janeiro, um concerto de Ano Novo na Concatedral, em que: Rui Valdemar seria o executante do órgão de tubos do século XVIII, profusamente decorado com talha dourada, um dos raros exemplares que ainda funciona em Portugal; e Paulo Meirinhos, numa simbiose perfeita, acompanhando com a gaita de foles, tão típica destas terras.

Após cumprir todos os requisitos, teste covid negativo e certificado de vacinação, revi Terras de Miranda com o mesmo encanto de antigamente.

Entrei na Concatedral com imensa vontade de viver e absorver mais um momento cultural, sabedora de que o evento iria enriquecer estas férias natalícias. Foi maravilhoso poder desfrutar deste concerto, magistralmente executado, num espaço com uma acústica excecional; o público manteve-se em respeitoso silêncio; e o distanciamento, entre as pessoas, mantido.

Prazerosamente cumprimentei várias pessoas, gente que conheço há mais de trinta anos. O calor humano que a Sra. Presidente da Câmara, Helena Barril, transmitiu, soube-me solenemente bem.

Nesta quadra natalícia, a autarquia realizou vários concertos nas aldeias, dando um pouco de aconchego às pessoas. Soube que irá realizar vários eventos culturais, nomeadamente para dar uso ao esplendoroso órgão. 

É com agrado que vejo o novo executivo camarário apostar na Cultura. É por aí o caminho, senhores autarcas. 

Uma autarquia que não valorize, estude, preserve e divulgue o património, além de embrutecer o seu povo, perde a oportunidade de gerar receita através do turismo.

Miranda do Douro é um município riquíssimo em património. Tem uma língua, o mirandês; imenso património cultural, arqueológico e arquitetónico: o castelo, a Concatedral, o espaço musealizado do Paço Episcopal, o Convento dos Frades Trinos, a Igreja da Misericórdia, a Igreja de Santa Cruz, o Aqueduto do Vilarinho, o Museu das Terras de Miranda, a Rua da Costanilha com os seus cachorros, vários castros, berrões, abrigos rupestres, eremitérios, etc.; património cultural imaterial: os Pauliteiros, os artesãos de burel, os escrinheiros, a cutelaria, a tanoaria, etc.; e o património natural que um passeio de barco, rio Douro acima, pode proporcionar aos visitantes, conhecendo a fauna através da observação de aves e a sua nidificação, assim como a flora, sem esquecer uma visita à aldeia de Atenor para ver os burros de raça autóctone.

Ir a Miranda, não é só para ver os Pauliteiros; há uma imensidade de opções a desfrutar, em que se exige ficar vários dias nestas paragens. A oferta hoteleira é de qualidade.

Como dizem em Miranda:

Un beisico. 

Texto:  © Teresa do Amparo Ferreira, 02-01-2022
Foto: Câmara Municipal de Miranda do Douro

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