Diana Salgado, terapeuta ocupacional que trabalha com crianças com deficiência, disse que incluir crianças com estas necessidades, logo no pré-escolar, é benéfico, pois as crianças não têm filtros, elas percebem as diferenças mas integram-nas como qualquer outra diversidade.
“Quanto maior diferença existir, e quanto mais cedo essa diversidade for exposta, melhor vão compreender e aceitar, melhor vão perceber a riqueza que dai advém”, disse à agência Ecclesia.
Trabalhar com crianças com deficiência não foi uma escolha para Diana Salgado, que assume “preconceitos iniciais”, mas com o trabalho desenvolvido percebeu o “enriquecedor” e a oportunidade que estas tarefas significavam.
“Incluir crianças com estas necessidades, logo no pré-escolar, é benéfico. As crianças não têm filtros, elas percebem as diferenças mas integram-nas como qualquer outra diversidade. Quanto maior diferença existir, e quanto mais cedo essa diversidade for exposta, melhor vão compreender e aceitar, melhor vão perceber a riqueza que dai advém”, explicou.
“Hoje é muito difícil ser criança. A vantagem de trabalhar com crianças com deficiência é que muitas delas não têm filtros. Elas são mais genuínas, orgânicas. Aprende-se muito a genuinidade, a generosidade, a importância dos afetos”, valoriza.
Apesar da formação necessária em que tem procurado investir, a terapeuta ocupacional, natural de Paços de Ferreira, reconhece serem as competências empáticas que fazem a diferença.
“Sempre tive a sorte de ser uma boa aluna, sempre achei importante o estudo, e na verdade continuo a investir em de formação, mas cada vez mais acho que são os valores humanos que fazem a diferença quando trabalhamos. É na nossa relação que poderá estar o sucesso da sua reabilitação, mais do que o conhecimento que fiz na formação”.
Diana Salgado reconhece “boa legislação” em Portugal para criar “escolas inclusivas” mas adverte que as mudanças acontecem quando às leis se adequam atitudes: “É preciso que as pessoas acreditem que as crianças devem estar com as outras crianças. Quanto mais cedo isso acontecer, melhor”.
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