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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Festival D'ONOR 2023

 
A IDENTIDADE DE UM POVO TRANSFRONTEIRIÇO EM FORMA DE FESTIVAL

Rio de Onor (Bragança – Portugal) e Riohonor de Castilla (Zamora – Espanha) preparam-se para receber a 5.a edição de um evento extraordinário que promete encantar os corações de todos. De 21 a 23 de julho, o Festival D’ONOR ganha vida, trazendo consigo uma celebração vibrante de música, dança e (renovadas) tradições.
Este ano, além dos habituais concertos (onde “Virgem Suta” é cabeça de cartaz), o Festival D’ONOR traz nova vida a um cancioneiro com 70 anos (“Cantigas D’ONOR”), um open call para instrumentistas e amadores de todas as origens musicais (“Baile do Gaiteiro – Jam Session”) e dá palco à solidariedade (com a atuação conjunta, resultante de uma residência artística, entre o grupo “Gaiteiros D’ONOR” e os “Vira Bombos”, da APADI, uma IPSS local). Há, ainda, “Tasquinhas”, “Restaurante” e um “Mercado Tradicional”, para degustar a gastronomia local e conhecer o artesanato e os produtos típicos da região. No plano cultural, o Festival prevê, também, “Música no Rio – Sons para Sentir a Aldeia” (um showcase que leva a palco diferentes projetos de música com identidade), “Ronda Cultural e das Adegas”, “Teatro ao Ar Livre”, “Jogos de Taberna” e “Danças Tradicionais”. A entrada é grátis e o campismo gratuito.

SEXTA-FEIRA, 21 DE JULHO
A festa começa sexta-feira, a partir das 21h00, com o “Baile do Gaiteiro - Jam Session & Open Call”. Uma atividade que desafia instrumentistas e amadores, de todas as origens musicais, a participar numa sessão improvisada e descontraída, na qual tanto músicos profissionais como amadores poderão, com qualquer instrumento, juntar-se à festa e tocar de forma espontânea, descomprometida e sem ensaio prévio. A esta experiência de improvisação e a criatividade, juntam-se as Danças Tradicionais e do Mundo, com uma demonstração/workshop.
Uma iniciativa cujo nome evoca a memória dos antigos bailes que se realizavam no Largo da Portelica, em Rio de Onor, ao som da gaita-de-foles, nas quentes noites de verão de outrora. Agora, esse mesmo local passa a ser o sítio onde todos os festivaleiros (que levem o seu próprio instrumento) têm a oportunidade de participar e tocar livremente, ou, simplesmente, dar o “seu pé de dança” junto dos visitantes e da comunidade local.

SÁBADO, 22 DE JULHO
O segundo dia de festival arranca junto à sede da Associação de Rio de Onor, onde decorrerá uma mostra e oficina de Jogos Tradicionais (14h30), com ênfase no “jogo da raiola”, uma atividade que, antigamente, era desenvolvida como “jogo de taberna”, utilizada para passar os tempos livres e “ver quem paga a rodada seguinte” nos centros de convívio das aldeias transmontanas. A iniciativa é desenvolvida pela Associação de Jogos Populares do Distrito de Bragança.
A tarde será, depois, preenchida com a afamada e sempre muito participada “Ronda Cultural e das Adegas”, com concentração no Largo da Portelica (16h00). Uma oportunidade única para explorar a riqueza cultural das duas aldeias, uma portuguesa e outra espanhola, que, na verdade, o povo nunca quis distinguir. Nesta mostra, o desafio é descobrir os segredos escondidos em cada canto, percorrendo o património edificado comunitário da aldeia e explorando os encantos das adegas locais, partilhando do vinho e hospitalidade dos habitantes dois lados da fronteira. A Ronda segue como as de antigamente – guiada pelo som dos gaiteiros e tocadores da região, por entre muitas outras surpresas e atividades.
Esta experiência tão singular terminará ao pôr do sol, no Largo da Igreja, onde estarão instaladas cinco “Tasquinhas” com iguarias locais.
Ali, os inquietos “Manaita” prometem contagiar de energia todos os presentes. Um grupo espanhol com a particularidade de misturar repertório tradicional e contemporâneo, através de um instrumento muito próprio da identidade castelhana – a dulzaina.
À noite, o Festival D’ONOR é música.
Os “Trasga” abrem as hostes (21h30). Um grupo de raiz folk que se apresenta com um repertório exclusivamente preparado com “originais” em língua mirandesa.
Depois, os “cabeça de cartaz”: “Virgem Suta” (23h30). Um reconhecido grupo dos grandes palcos e cartazes portugueses que brindam o público com uma sonoridade luminosa e bem humorada, capaz de deixar qualquer alma cheia e sorriso rasgado. Não descartam a tradição, transpiram portugalidade e assumem-no. Dizem, em brincadeira, que “se fossem espanhóis, tocariam castanholas. Assim, tocam adufe e cavaquinho porque é isso que lhes é natural”. A tudo isto aliam uma ironia que aparece a espaços, insólita, não de riso fácil, mas daquele que só é esboçado depois de se ter desconstruído a mensagem.
A noite prossegue com os irreverentes “Zíngarus” (01h00). Uma banda cuja essência e sonoridade se baseia na fusão entre o rock e a música popular/tradicional portuguesa. Imersos em energia, boa disposição e alegria, este concerto promete não deixar ninguém parado. O poder do rock, aliado à animação do povo num baile popular, não deixam ninguém indiferente.
Os concertos encerram com o DJ Set de Jaime Pires (03h00), o brigantino que promete manter a festa viva até altas horas da madrugada, numa viagem musical eclética.

DOMINGO, 23 DE JULHO
O último dia de Festival promete outro encanto, dedicado, também às famílias.
Desde logo com uma sessão de “Teatro ao Ar Livre” (15h00) para toda a família. A Associação de Rio de Onor tornar-se-á, assim, o cenário perfeito para assistir a narrativas repletas de tradição e magia, dinamizadas e protagonizadas pelos membros da FISGA – Associação.
Depois, nas margens do rio, junto à Ponte Antiga de Rio de Onor, há sons para sentir a vida na aldeia - em “Música no Rio” (17h00).
Um conceito que combina o encanto daquele lugar com a música, proporcionando uma experiência única e memorável. Imagine-se às margens de um rio sereno, cercado pela exuberância da paisagem tipicamente rural, enquanto os sons cativantes da música do mundo enchem o ar. Nesta iniciativa, diferentes artistas apresentam o seu trabalho num cenário deslumbrante, onde a música encontra o fluxo por entre a suavidade das águas. Uma fusão harmoniosa entre a arte e a natureza, criando uma atmosfera mágica e emocionante. “Música no Rio” é mais do que apenas uma série de concertos: é uma jornada emocional que evoca sentimentos profundos e cria memórias duradouras. Cada melodia ressoa em perfeita sintonia com a envolvente (aldeia, pessoas e natureza), criando uma sinfonia natural que acalma a alma e estimula os sentidos. Assim surge uma volta ao mundo sem tirar os pés do chão, guiados por artistas como Sara Grenha (Música Popular Brasileira), Adiler da Graça (Músicas de África), Fernando Fernandes (Música Portuguesa) e Hardança (Música Original em Português e Mirandês).
A encerrar este segmento há “Cantigas D’ONOR” (19h30). Um desafio irresistível: dar vida e harmonizar canções e partituras de um cancioneiro com 70 anos. Foi em 1953 que Margot Dias viu o seu marido, Jorge Dias, publicar a afamada obra “Rio de Onor: Comunitarismo Agro-Pastoril” – um amplo estudo etnográfico de inestimável valor. Nesse livro está presente um cancioneiro anotado e elaborado por Margot Dias, com 40 canções recolhidas em Rio de Onor. Agora, em 2023, o talentoso musicólogo brigantino João Amaro e a encantadora cantora Helena Xavier têm a responsabilidade de dar uma nova vida a algumas dessas preciosas melodias. Uma reinterpretação e apresentação de temas que perduram na memória profunda das gentes da terra. Em “Cantigas D’ONOR” esse cancioneiro antigo regressa ao presente, permitindo que as gerações atuais apreciem a riqueza cultural, musical e imaterial de Rio de Onor, ao mesmo tempo que outros recordam temas de uma vida.
O Festival D’ONOR encerra com um momento inesquecível: os “Gaiteiros D’ONOR”, um grupo informal de música tradicional formado por membros da entidade organizadora, convidam, para uma atuação conjunta, o grupo “Vira Bombos”, composto por utentes da APADI – Associação dos Pais e Amigos do Diminuído Intelectual. Um breve concerto que resulta de uma “residência artística” conjunta, nas instalações da IPSS.

TODOS OS DIAS
Além desta programação, o Festival D’ONOR oferecerá outras experiências imperdíveis.
Um “Mercadinho Tradicional” ocupará a Rua da Igreja, trazendo produtos locais e artesanato para encantar os visitantes.
As “Tasquinhas” estarão abertas todos os dias do festival, no Largo da Igreja, oferecendo iguarias deliciosas, por entre doces e salgados, para saciar a fome ou fazer uma refeição ligeira. Sandes de Leitão e de Presunto/Queijo, Tábuas de Queijos e Enchidos, Pinchos Morunos e tortillas (tipicamente castelhanos), etc.
Haverá, também, para quem optar por uma refeição completa (e de prato cheio), um “Restaurante”, na Casa do Povo de Rio de Onor.
E para aqueles que desejam viver a verdadeira experiência do Festival, o campismo será gratuito no Parque de Campismo de Rio de Onor, com reserva obrigatória (através do link: https://bit.ly/DONOR_CampismoGratis_2023).
A organização abriu, também, uma “Bolsa de Voluntariado”. As inscrições estão abertas até ao dia 13 de julho (através do link: https://bit.ly/VOLUNTARIADO_DONOR2023).
O Festival D’ONOR promete unir culturas, estabelecer conexões e criar memórias que durarão para sempre. Uma celebração apaixonante que transcende fronteiras. Prepare-se para ser cativado e embarque nesta jornada única entre Portugal e Espanha, onde as tradições se encontram e os corações celebram juntos.

MAIS INFORMAÇÕES
Durante todo o evento, os visitantes poderão ficar instalados no Parque de Campismo Local (gratuitamente) ou nas várias unidades hoteleiras rurais de Bragança (20 km) ou Puebla de Sanabria (16 km).
A alimentação será garantida durante todo o festival, onde a gastronomia local promete conquistar todos os festivaleiros, a preços acessíveis, no “Restaurante” da Casa do Povo de Rio de Onor, ou no espaço “Tasquinhas”.
A entrada para o Festival D’ONOR será gratuita e livre.
O Festival D’ONOR é organizado e promovido pela Montes de Festa – Associação, em colaboração com a Associação Cultura e Recreativa de Rio de Onor, e conta com o apoio da União das Freguesias de Aveleda e Rio de Onor, do Município de Bragança, do Ayuntamiento de Pedralba de la Praderia, da Fundación Rei Afonso Henriques, do Ayuntamiento de Puebla de Sanábria, da Direção Regional de Cultura do Norte, do Instituto Politécnico de Bragança, da Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino, da Associação de Dinamização dos Audiovisuais, da Associação de Jogos Populares do Distrito de Bragança, da Azimute, da Associação Coral Brigantino, da Fisga – Associação de Intervenção Social, Cultural e Artística e da APADI – Associação de Pais e Amigos do Diminuído Intelectual.
Mais informações em: https://linktr.ee/festivaldonor
Página do Facebook: https://www.facebook.com/festivaldonor/

Programação completa do Festival D’ONOR – 2023

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