“Temos dois casos de violência doméstica - um deles ainda a ser averiguado de forma mais aprofundada - um caso de saúde mental e outro de insalubridade e de falta de condições de higiene. As nossas equipas já estão no terreno, a tentar encontrar as melhores soluções para que as pessoas foram permanecer no seu espaço, em condições dignas e com os tratamentos de que precisam”, avançou a vice-presidente da câmara municipal de Alfândega da Fé, Maria Manuel Silva.
De acordo com os dados recolhidos pelo município, o concelho tem “1.491 pessoas com 65 ou mais anos (Pordata, 2021), que vivem sozinhas ou com cônjuges de idade semelhante e a maior parte sem retaguarda familiar”.
Por isso, “e com as freguesias bastante dispersas”, considerou-se necessário intervir.
“É, no fundo, uma equipa de trabalho multidisciplinar, que visa promover os direitos do idoso. Permite prevenir ou responder a situações suscetíveis de afetar a sua segurança, saúde ou bem-estar”, disse Maria Manuel Silva.
O vice-presidente explicou ainda que muitos dos idosos do concelho "vão-se resignando à sua condição de sénior isolado e não percebem que há outras formas de viver”.
Os destinatários deste projeto são pessoas com 55 anos ou mais, residentes no concelho e em situação de isolamento social, solidão, marginalização ou maus-tratos. Munícipes com menos dessa idade, em situação de dependência, também podem ser ajudados.
“A sinalização pode ser através dos presidentes de junta de freguesia, pelas entidades policiais, estabelecimentos de saúde ou instituições. Pode ser feita ainda pelo próprio idoso, familiares e vizinhos”, enumerou Maria Manuel Silva.
A criação deste grupo de trabalho foi aprovada pelo Conselho Local de Ação Social de Alfândega da Fé a 9 de maio deste ano.
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