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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Feliz Ano Novo paraTodos!

Notícias da aldeia... ou do Ano Novo

Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)


Ano novo... mas de certo não há ano novo para as nossas aldeias que de ano para ano ficam mais desertas, com mais idosos e mais solidões... morrem paulatinamente.
…e às vezes penso, penosamente, será que os homens de Lisboa e do Poder conhecem um arado… uma relha… uma samarra… um xaile velho… uma pita que deixou de pôr… a lenha molhada que não arde… ou somente teses, paradigmas... doutoramentos...
... nao sei... e o nordeste fica tão longe... e sem gente nao há votos.
…não se agonie vizinha a pita logo… logo põe… então homem de Deus, como se esqueceu de recolher a lenha!
… um homem sem uma mulher não é ninguém! Quando a minha era viva havia sempre lenha…caldo… e uma camisa lavada…
...caem-me no peito as lágrimas mais honradas da longa noite transmontana!
… não se agonie vizinho!


Fernando Calado
nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança. 
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.

PASSAGEM DE ANO: Municípios Transmontans apostam em Artistas Nacionais e Locais

 O ano está quase a terminar e, se ainda não escolheu o local para festejar, alguns municípios da região decidiram apostar nesta festa e trazer artistas locais ou até nacionais, para animar a última noite de 2024, com entrada gratuita.


Bragança, Mirandela, Vila Flor, Torre de Moncorvo, Chaves ou Vila Real são alguns deles que prepararam uma variedade de eventos para celebrar a passagem de ano 2024/2025, oferecendo opções festivas para residentes e visitantes.

Bragança quer entrar com o pé direito em 2025 e será ao som do Dj Overule, na Praça da Sé, das 23h00 às 01h00.

Já em Mirandela, as celebrações ocorrem no Largo do Santuário de Nossa Senhora do Amparo. A programação inicia às 22h30 com a atuação da Banda Ecos da Tuna. Perto da meia-noite, o DJ Fred vai conduzir a contagem decrescente, que terá depois direito a uma sessão de fogo de artifício no rio Tua.

Depois segue-se um concerto dos Irmãos Verdades, que tem hora marcada para a 00h20. A banda com temas reconhecidos como “Yolanda”, “Isabella” e “Amar-te assim” promete ser uma excelente opção para quem deseja celebrar a passagem de ano em grande estilo. A festa continuará com o DJ Fred às 02h00 e o DJ PCLux às 04h00.

Em Vila Flor, esperam-se visitantes a partir da 22h30 na Praça da República. Claúdia Caramelo, a DJ Amanda Salvi e o grupo Já é Mania são as apostas da autarquia.

Mais ao lado, em Torre de Moncorvo o Largo General Claudino vai acolher os concertos de Tiago Silva e do rapper Dillaz, que subirá ao palco à 01h00. A noite prolonga-se com DJ’s locais.

No distrito vizinho, em Chaves a energia ficará a cargo do grupo Amigos Vitó, cuja atuação transformará a Praça de Camões num verdadeiro palco de festejo. Com músicas vibrantes e uma performance contagiante, o grupo vai garantir que ninguém fique parado.

À medida que o relógio marca a chegada de um novo ano, o espetáculo pirotécnico tomará conta do céu flaviense.

Em Vila Real, a festa será animada pela rádio M80. As baladas emocionantes dos anos 80, aos ritmos contagiantes dos anos 90, vão atrair certamente visitantes. com uma banda. A festa contará ainda com o tradicional fogo de artifício à meia-noite.

Jornalista: Rita Teixeira

Enterro do "Ano Velho" dia 31 de dezembro junto à fogueira em frente à Catedral.

Dispositivo de buscas em Montesinho reduzido e família regressou ao Porto

 Foi reduzido o dispositivo de meios que procura um turista no Parque Natural de Montesinho, junto à aldeia de Vilarinho (Bragança), numa altura em que a própria família (filha e genro) já regressou ao Porto.


O homem, com 80 anos, está desaparecido desde sexta-feira de manhã, altura em que saiu do alojamento na aldeia para uma caminhada pela floresta, não mais voltando a ser visto.

Ao longo de três dias, cerca de 50 homens palmilharam os trilhos daquela zona da serra de Montesinho até à fronteira com Espanha, com o auxílio de cães e drones da GNR, e elementos dos escuteiros.

Entretanto, desde ontem que os bombeiros foram desmobilizados, permanecendo naquela área elementos da GNR em patrulha.

AGR

PERCEÇÕES

Por: José Mário Leite
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

A experiência é sobejamente conhecida dispensando-me de a descrever, aqui, com toda a minúcia. Se colocarmos uma mão num recipiente com água gelada e a outra num com água muito quente, metendo ambas, depois num tacho com água à temperatura ambiente, o mesmo líquido parece-nos, ao mesmo tempo quente e fria, de acordo com a mão e o lugar onde esta esteve, antes.
Não podendo ser uma coisa e o seu contrário a única explicação é que a perceção que temos, baseada nas sensações, é enganadora. Sendo porém tão fortes e insistentes estas impressões, durante muito tempo condicionaram a forma como olhámos para o mundo levando a teorias tidas por verdadeiras e supostamente científicas como as que assumiam que a terra era plana e ocupava o centro do universo. Foram tão propaladas e assumidas, tão geralmente consideradas como indubitáveis que o seu abandono só foi possível com o talento de reputados cientistas, alguns com risco da própria vida, como Galileu e Giordano Bruno.
Felizmente, depois de Descartes, a realidade começou a ser percebida, assumida e compreendia com base em factos inquestionáveis (cogito ergo sum) e tudo quanto possa ser deduzido destes de forma racional. Foi assim que a humanidade abandonou o obscurantismo medieval e entrou na era moderna recheada de descobertas científicas geradoras e promotoras do progresso e do bem-estar.
Ao começar a atuar com base em perceções, assumindo que é o combate a estas que o move, ao mesmo tempo que concede que as mesmas são substancialmente diversas, em qualidade e intensidade, da realidade, o Governo da Nação, liderado pelo Primeiro Ministro não só promove um retrocesso civilizacional como, se aventura por um caminho perigoso e arriscado, para o próprio poder instalado. Ao agir, de forma semelhante à usada por poderes totalitários para manterem a autoridade despótica, só para “reduzirem” a perceção de insegurança, corre o risco de criar a perceção de que está em curso uma deriva autoritária coordenada pelo poder legítimo ou, pior ainda, de fora por interposta força que apesar de legal é minoritária e, como tal, carece de legitimidade para condicionar a vida de toda a população. Acresce que os números dizem que, existindo abuso no uso do Serviço Nacional de Saúde, por alguns estrageiros que vêm ao nosso país com o fito explícito de aqui receberem tratamento em condições privilegiadas, este fenómeno é residual e com fraco impacto real no financiamento do SNS, podendo (e devendo) ser combatido com o quadro legal já existente.
Ao legislar especificamente para dificultar o apoio médico a recém-chegados, a pedido de uma força política que publicamente ataca e quer perseguir quem procura o nosso país para trabalhar e viver, parece que o partido do poder está a reboque de quem diz querer afastar-se. De pouco adiantará proclamar e reafirmar que o não é não se a prática, mesmo que o não seja, causar a perceção de que quem efetivamente manda no país não é o Primeiro Ministro mas quem se autointitula de líder da oposição!


José Mário Leite
, Nasceu na Junqueira da Vilariça, Torre de Moncorvo, estudou em Bragança e no Porto e casou em Brunhoso, Mogadouro.
Colaborador regular de jornais e revistas do nordeste, (Voz do Nordeste, Mensageiro de Bragança, MAS, Nordeste e CEPIHS) publicou Cravo na Boca (Teatro), Pedra Flor (Poesia), A Morte de Germano Trancoso (Romance) e Canto d'Encantos (Contos), tendo sido coautor nas seguintes antologias; Terra de Duas Línguas I e II; 40 Poetas Transmontanos de Hoje; Liderança, Desenvolvimento Empresarial; Gestão de Talentos (a editar brevemente).
Foi Administrador Delegado da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, vereador na Câmara e Presidente da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.
Foi vice-presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
É Diretor-Adjunto na Fundação Calouste Gulbenkian, Gestor de Ciência e Consultor do Conselho de Administração na Fundação Champalimaud.
É membro da Direção do PEN Clube Português.

Restaurantes de Trás-os-Montes repletos de gente, sabores e tradições na Passagem de Ano

 A poucas horas do Réveillon, são muitos os restaurantes da região com lotação esgotada, reflectindo o entusiasmo de quem escolheu o Norte do país para dar as boas-vindas a 2025


A poucas horas do Réveillon, são muitos os restaurantes da região com lotação esgotada. Espanhóis, Portugueses e emigrantes convergiram em Trás-os-Montes atraídos pelo reencontro com as famílias e pelos programas cuidadosamente preparados para uma passagem de ano memorável.

Na Casa do Lago, o charme da Albufeira do Azibo proporciona o cenário perfeito para dar as boas-vindas a 2025. Filipe Neto, proprietário do estabelecimento, conta que “de ano para ano” sentem que a procura “tem vindo a aumentar”, sobretudo por o restaurante ser é um local “encantador”, referiu acrescentando que “a Albufeira do Azibo proporciona a transição de cada ano, magnífica com a iluminação do nosso espaço, o fogo de artifício e claro, a nossa gastronomia".

Também Henrique granjo, responsável pelo Hotel Parador Santa Catarina, de Miranda do Douro, revela que as reservas para a noite de 31 de Dezembro foram acima da expectativa. “Quando se organiza um evento deste tipo, faz-se sempre uma previsão do número expectável de pessoas. E posso lhe dizer que foi muito acima daquilo que nós estávamos a esperar. Mesmo estando a três ou quatro dias do Réveillon continuamos a receber bastantes pedidos de última hora e já estamos a recusar pedidos por não termos espaço suficiente”, disse.

O responsável da pousada não deixa de destacar que “a maior parte das reservas” foram feitas pelos vizinhos espanhóis que decidem vir passar a passagem de ano a Miranda, pela proximidade local e para “provar o bacalhau”. Já os “locais”, o responsável explica que são atraídos pela posta mirandesa certificada.

Marisco, bom vinho, boa companhia e as tradicionais passas não podem faltar na noite que antecede a entrada para um ano novo. O que se privilegia nessa noite é a qualidade gastronómica e o bom ambiente, a um preço acessível. Quem o diz é o chef Manuel Gonçalves, responsável, há vários anos, pela ementa do restaurante Mirandelense, Flor de Sal.

“São coisas que nós não fazemos durante o ano. Vamos ter uma saudação do chefe, que é um foie gras com compota de maçã. Depois teremos o salmão fumado com fio de ovos e compota de figo. Temos um bacalhau que é fora do normal também, que nós não fazemos durante o ano, que é o bacalhau com amêndoas e mel. E terminamos com um confite de pato, com frutos vermelhos, e risoto de champanhe. Nós este ano até vamos fazer um pouco de programa na esplanada, a partir da meia-noite, com fogo de artifício, vamos servir um espumante também. A gente tenta fazer sempre um preço acessível para que as pessoas possam estar à vontade e confraternizar um pouco. É isso que a gente quer”, referiu.

Na Quinta dona Florinda para além da boa comida, o que não pode faltar é um bom ambiente entre família e amigos, como nos conta o proprietário, Jorge Morais.

“Acho que, acima de tudo, eles querem um bom ambiente, calmo, com uma música ambiente, com comida. O nosso cliente é mais dentro desse tipo de cliente que quer passar uma noite em família, em amigos, beber uns copos, divertir-se um bocadinho. No fundo, é isso”, vincou.

Com uma procura cada vez mais intensa, os restaurantes de Trás-os-Montes estão preparados para proporcionar uma noite inesquecível, onde os sabores típicos da região, a animação ao vivo e um ambiente acolhedor são os grandes protagonistas.

Escrita por Brigantia
Jornalista: Cindy Tomé

Antigas scuts ao longo da A4 e de outras vias do Interior e Algarve deixam de ser pagas já amanhã

 Medida entra em vigor dia 1 de janeiro de 2025. Os automobilistas que viajarem de Bragança ao Porto vão poupar cerca de 1,50 euros


É já amanhã, que as antigas scuts ao longo da A4 deixam de ser pagas

O projecto lei do PS sobre a abolição das portagens electrónicas entra em vigor já amanhã e por isso, os automobilistas estarão isentos de portagens nos troços da A4, Transmontana e Túnel do Marão. 

Assim, quem viajar de Bragança ao Porto vão poupar cerca de 1,50 euros.

O objectivo desta medida é acabar com as portagens na A4, mas também noutras vias do interior e do algarve, como na A13 e A13-1 - Pinhal Interior, A22 - Algarve, A23 - Beira Interior, A24 - Interior Norte, A25 - Beiras Litoral e Alta e alguns troços da A28.

Esta medida proposta pelo Partido Socialista contou com os votos a favor do PS, BE, PCP, Livre, Chega e PAN, e a abstenção da Iniciativa Liberal (IL).

PSD e CDS-PP votaram contra.

Foto: Globalvia
Escrito por Brigantia
Jornalista: Cindy Tomé

𝐗𝐗𝐕𝐈 𝐅𝐞𝐬𝐭𝐢𝐯𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐒𝐚𝐛𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐌𝐢𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞𝐬𝐞𝐬 | Inscrições abertas para expositores

 Estão abertas até ao dia 08 de janeiro de 2025, as inscrições para o Festival de Sabores Mirandeses que se realiza de 14 a 16 de fevereiro, em Miranda do Douro.
Este é já um evento de referência na região e pretende desenvolver, apoiar e reforçar a competitividade dos produtos tradicionais e locais, desde o artesanato, a doçaria e as raças autóctones (Vitela Mirandesa, Cordeiro de Raça Churra Galega Mirandesa, porco e seus derivados).

✍ As inscrições podem ser feitas no Balcão Único da Câmara Municipal, ou online, através do email cultura@cm-mdouro.pt, sendo necessário o envio da ficha de inscrição devidamente preenchida e o comprovativo de pagamento, que poderá efetuar por transferência bancária para o número de conta que conta no regulamento.

📲 Saiba mais AQUI.

Bragança receberá em Janeiro evento da Gala Michelin

 A gala acontecerá no Centro de Congressos da Alfândega do Porto a 25 de Fevereiro. A cerimónia revelará todas as Estrelas da selecção de restaurantes portugueses


Um dos eventos da Gala Michelin 2025, Cerimónia que distingue restaurantes para o guia de 2025, vai acontecer, pela primeira vez, em Bragança, já em Janeiro. A informação foi avançada pelo presidente do Turismo do Porto e Norte. Luís Pedro Martins adiantou que a cerimónia vai realizar-se no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, mas quiseram que uma das iniciativas acontecesse em Trás-os-Montes.

“Quisemos fazer algo diferente e desafiámos a equipa internacional da Michelin a aceitar, que é não ter só o momento da gala, que vai ser na cidade do Porto, porque obriga a um espaço muito grande, e no caso vai ser na Alfândega, mas apelei a que conseguíssemos dividir em quatro momentos e para que um desses eventos tivesse lugar, em Bragança. Esse evento vai ter lugar em janeiro, no Centro Cultural Graça Morais, vai ter uma conferência de imprensa, vamos atrair também para cá os chefes, para dar visibilidade ao território”, explicou.

A Gala Michelin 2025 acontece a 25 de Fevereiro. A cerimónia vai revelar todas as Estrelas da selecção de restaurantes portugueses. O Turismo do Porto e Norte quer ainda trazer à região sexagésimo quarto Congresso Mundial da Associação de Congressos e Convenções Internacionais, uma organização global que promove o turismo de negócios e eventos internacionais, e a The Ocean Race, a maior regata do mundo. Luís Pedro Martins acredita que estes eventos podem mostrar o que de melhor tem o território.

“Agora, o importante é que depois estes eventos ajudem a transmitir ao mundo o que é, não só a cidade do Porto, por onde alguns destes eventos entram, mas o resto do território. Por isso é que depois temos muitas press-trips e fam-trips por trás dos montes, Minho e Douro”, rematou.

A informação foi avançada nas comemorações do quinto aniversário da atribuição do selo da UNESCO aos Caretos de Podence.

Foto: Turismo Porto e Norte 
Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

Dia de Reis - LOUSA

Festas de Natal em Parada uma tradição viva no coração de Bragança

 De dia 26 a 28 de dezembro, realizou-se a feira de Artesanato e produtos da Terra, deu-se a volta à aldeia no Carro de Santo Estevão e recordaram-se velhos tempos com os jogos tradicionais


Na aldeia de parada as festas tradicionais de Natal mantêm-se.

De dia 26 a 28 de dezembro, realiza-se a feira de Artesanato e produtos da Terra, dá-se a volta à aldeia no Carro de Santo Estevão e começam os jogos tradicionais.

No último fim de semana do ano, actividades não faltaram para juntar os que vivem e os que regressam à aldeia, e tanto a galhofa como a corrida da Rosca são tradições às quais não se pode faltar. Quem o diz é Manuel Rodrigues, habitante da aldeia e autor do curral da luta e do carro de Santo Estevão.

“Se começarmos pela primeira tradição, temos, por exemplo, a missa do galo, onde cantam quatro jovens. Depois, no dia seguinte, temos esta corrida da rosca, que já é tradição, todas as pessoas das aldeias que aqui queiram vir correr. Depois temos à noite a galhofa, que são as lutas tradicionais, que acontecem no curral.  Tenho 83 anos, e desde miúdo sempre fiz parte das tradições, sempre, sempre. Para mim é importante continuarem a existir. Eu nunca falharei nisto, porque toda a vida andei nisto. Eu gosto destas tradições”, disse.

Pedro Teixeira é de Parada, mas vive em Braga. Desafiado pelo filho, Tomás Teixeira a correr, voltou a recordar os velhos tempos. “Quando tinha doze, treze anos, talvez corresse, mas depois não. Ganhamos aquela vergonhazinha. Mas hoje decidi, fazer aqui à vontade do Tomás, e corri com ele”, referiu.

Afirmou sentir um “grande orgulho” ver o filho a participar nas actividades tradicionais da sua aldeia. Acrescentou que é “uma forma de manter a tradição” que faz parte das suas raízes. É também para ele motivo de orgulho ver que o filho “tem um gosto enorme por Trás-os-Montes, nomeadamente Bragança”, rematou.

A tradição é antiga e tem de se manter. Apesar existirem cada vez menos participantes, para o presidente da união de Freguesias de Parada e Failde, Hervé Gonçalo, o mais importante é manter o convívio que esta festa proporciona.

“Isto é a cultura de um povo. O que está enraizado é sempre o convívio entre toda a população, todos os migrantes e imigrantes, nesta altura, regressam a Parada só para conviver. Tem existido cada vez menos participantes. Relativamente à luta, existia geralmente um desafio entre os de grijó de Parada e os de Parada, para saber quem tinha o lutador mais forte. Neste momento, cada vez menos, a cultura também das pessoas não permite e vai-se perdendo, mas em Parada ainda tem aberto todos os anos o Curral de Santo Estevão, para assim procederem à luta e não deixar perder esta tradição”, contou.

A organização das actividades é da responsabilidade dos mordomos de Santo Estevão, que são encontrados durante o almoço comunitário. A galhofa, que nada mais é que uma luta, é ganha pelo lutador que conseguir imobilizar, no chão e de costas, o adversário. Na corrida da Rosca, vence o corredor com duas vitórias, explicou o presidente. 

Actualmente, a Junta de Freguesia está a acrescentar novas actividades à festa de Santo Estevão, como a decima quinta Feira de Artesanato e Produtos da Terra e a batida de caça, realizada em colaboração com a Associação de Caçadores. O objectivo é atrair mais visitantes e manter o espírito de convivência, reunindo todas as gerações em torno das tradições.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Cindy Tomé

ANO VELHO

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")


Eu mastiguei o silêncio, a tristeza, mastiguei a ausência, a quietude e a solidão!
Mastiguei tudo devagar, docemente, lentamente.
Mastiguei e fingi que engoli...
Fingi que ri, que brinquei, fingi que vivi...
Fingi que senti, no peito, o bater do coração.

FELIZ ANO NOVO PARA O MUNDO.


Maria da Conceição Marques
, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.
Participei nas coletâneas: Poema-me; Poetas de Hoje; Sons de Poetas; A Lagoa e a Poesia; A Lagoa o Mar e Eu; Palavras de Veludo; Apenas Saudade; Um Grito à Pobreza; Contas-me uma História; Retrato de Mim; Eclética I; Eclética II; 5 Sentidos.
Reunir Escritas é Possível: Projeto da Academia de Letras- Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, Estado de Santa Catarina.
Livros Editados: O Roseiral dos Sentidos – Suspiros Lunares – Delírios de uma Paixão – Entre Céu e o Mar – Uma Eterna Margarida - Contornos Poéticos - Palavras Cruzadas - Nos Labirintos do Nó.

dia de despedida...

 Por: Paula Freire
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)


Hoje é dia de despedida, e despedir não é fácil. Há sempre um sonho de que te esqueceste, uma palavra que se afogou na pressa, uma promessa por cumprir, um gesto que não se deixou encontrar nos espaços onde o procuraste.
Despedes-te dos presentes escondidos nas dobras de cada minuto, com as mãos cheias de tudo o que ficou: uma força que se ergueu do chão quando o teu mundo caía, uma coragem que te nasceu no silêncio, um amor que descobriste em lugares improváveis…
Afinal, uma mala inteira de momentos vividos. Uma alma carregada de histórias. Uma vida cheia de contrastes porque precisava de ser inteira.
Sabes, o tempo é esse viajante de coisas pesadas e claridade inesperada, impossível de deter. O desconhecido que te inquieta o som do peito e o amigo que te diz que nem todas as sementes são para já. 
Penso que se o tempo tivesse rosto, seria, talvez, um velho com rugas feitas de madrugadas insones e um sorriso sereno de menino, a sussurrar-te que ainda está tudo por fazer e tudo por sentir. E que o futuro, esse lugar onde ainda não existes, é somente um convite, frágil e urgente, para dias não apenas feitos de horas, mas também feitos de ti. 
Hoje é dia de despedida. Mas amanhã, quando o sol nascer outra vez, lembra-te de erguer os olhos e o coração. Ali, na fresta de luz do que ainda não te abraçou, está o presente mais precioso: a possibilidade de um agora. E é no agora que todos os impossíveis (re)começam.



Paula Freire
- Natural de Lourenço Marques, Moçambique, reside atualmente em Vila Nova de Gaia, Portugal.
Com formação académica em Psicologia e especialização em Psicoterapia, dedicou vários anos do seu percurso profissional à formação de adultos, nas áreas do Desenvolvimento Pessoal e do Autoconhecimento, bem como à prática de clínica privada.
Filha de gentes e terras alentejanas por parte materna e com o coração em Trás-os-Montes pelo elo matrimonial, desde muito cedo desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita, onde se descobre nas vivências sugeridas pelos olhares daqueles com quem se cruza nos caminhos da vida, e onde se arrisca a descobrir mistérios escondidos e silenciosas confissões. Um manancial de emoções e sentimentos tão humanos, que lhe foram permitindo colaborar em meios de comunicação da imprensa local com publicações de textos, crónicas e poesias.
O desenho foi sempre outra das suas paixões, sendo autora das imagens de capa de duas obras lançadas pela Editora Imagem e Publicações em 2021, “Cultura Sem Fronteiras” (coletânea de literatura e artes) e “Nunca é Tarde” (poesia), e da obra solidária “Anima Verbi” (coletânea de prosa e poesia) editada pela Comendadoria Templária D. João IV de Vila Viçosa, em 2023. Prefaciadora dos romances “Amor Pecador”, de Tchiza (Mar Morto Editora, Angola, 2021), “As Lágrimas da Poesia”, de Tchiza (Katongonoxi HQ, Angola, 2023), “Amar Perdidamente”, de Mary Foles (Punto Rojo Libros, 2023) e das obras poéticas “Pedaços de Mim”, de Reis Silva (Editora Imagem e Publicações, 2021) e “Grito de Mulher”, de Maria Fernanda Moreira (Editora Imagem e Publicações, 2023). Autora dos livros de poesia: Lírio: Flor-de-Lis (Editora Imagem e Publicações, 2022) e As Dúvidas da Existência - na heteronímia de nós (Farol Lusitano Editora, 2024, em coautoria com Rui Fonseca).
Em setembro de 2022, a convite da Casa da Beira Alta, realizou, na cidade do Porto, uma exposição de fotografia sob o título: "Um Outono no Feminino: de Amor e de Ser Mulher".
Atualmente, é colaboradora regular do blogue "Memórias... e outras coisas..."- Bragança e da Revista Vicejar (Brasil).
Há alguns anos, descobriu-se no seu amor pela arte da fotografia onde, de forma autodidata, aprecia retratar, em particular, a beleza feminina e a dimensão artística dos elementos da natureza.

domingo, 29 de dezembro de 2024

Festas em Honra de São Gonçalo

Alojamento quase esgotado para o Fim de Ano em Bragança

Travessa em porcelana da Companhia das Índias, com brasão de armas de Francisco António da Veiga Cabral da Câmara Pimentel, 1º Visconde de Mirandela e 80º Governador da Índia,


Contributo para o Blogue, da coleção do autor, de: Filipe Pinheiro de Campos

Descansa em Paz meu Querido Manel

 Há notícias que nos arrasam! Que nos fazem cair lágrimas mesmo que as queiramos conter… que nos fazem sentir ainda mais pequenos do que somos.

Força Julieta. Força a todos os familiares e amigos.

Manel. Companheiro de tantas tertúlias. Companheiro de tantas aventuras, de tantas jornadas. Companheiro no Desporto, um exímio passador em Voleibol.

Até um dia destes meu Manel! Ninguém cantava como tu o Proud Mary.

Julieta… O Manel estará sempre presente na memória dos que ainda cá estão e que lhe quiseram muito… e querem. Este sorriso cativante, bem patente na foto de despedida desta passagem, diz tudo. Ele era assim, um Homem Feliz e que fazia Felizes os que com ele privaram.

HM

VI Trail da Lombada

 Inscrições AQUI.

Regulamento AQUI.

António José de Miranda 1.º visconde de Paradinha do Outeiro - Os Governadores Civis do Distrito de Bragança (1835-2011)

 26.janeiro.1848 – 13.setembro.1848
MACEDO DE CAVALEIROS, 21.3.1812 – MACEDO DE CAVALEIROS, 4.3.1888

Proprietário.
Bacharel em Matemática pela Universidade de Coimbra.
Par do Reino (28.6.1843). Governador civil de Bragança (1848).
Natural da freguesia de Castelãos, concelho de Macedo de Cavaleiros.
Filho de Manuel Gonçalves de Miranda, par do Reino, ministro da Marinha, conselheiro de  Estado efetivo e grão-mestre da Maçonaria, e de sua mulher, Joana Maria Rosa Pereira de 
Sousa, proprietária.
Tio e padrinho do 1.º conde de Almendra, José Caetano Saraiva Caldeira de Miranda,  governador civil de Bragança.
Visconde de Paradinha do Outeiro (3.5.1848). Medalha da Torre e Espada.

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Nascido na freguesia de Castelãos, de onde o seu pai e a sua mãe eram  também naturais, António José de Miranda serviu, ainda muito jovem, como voluntário liberal na guerra civil entre D. Pedro IV e D. Miguel (1832-1834), sendo condecorado com a medalha de Torre e Espada em 1834, pelo seu valor na Batalha da Asseiceira, depois do seu esquadrão de Cavalaria ter aprisionado um regimento e um batalhão de Infantaria.
Acabada a guerra civil, deixou o serviço militar e, em 1836, ingressou em Filosofia e Matemática na Universidade de Coimbra, formando-se com distinção.
Tomou posse como par do Reino por sucessão do seu pai, a 28 de junho de 1843.
Em 1846, na revolta da Patuleia, foi presidente da Junta Governativa que em 
Bragança se organizou a favor do partido de Costa Cabral, ao qual prestou importantes serviços, mantendo o distrito de Bragança fiel ao partido cabralista, o que lhe valeu o título de visconde, criado a seu favor por decreto de 3 de maio de 1848.
Pela mesma razão, foi nomeado governador civil de Bragança, por decreto de 26 de janeiro de 1848, tomando posse a 23 do mês imediato, na presença do secretário-geral do distrito, Diogo Albino de Sá Vargas, sucessor de António José de Miranda no cargo de governador. Aliás, em 1847, José de Miranda chegara a ser nomeado governador civil do mesmo distrito, mas a nomeação acabou por ficar sem efeito.
Depois da Regeneração, vendo decaído o seu Partido Cartista, não mais voltou à Câmara dos Pares, abandonando a política em 1851.
Faleceu em março de 1888, na sua propriedade em Castelãos, Macedo de Cavaleiros, solteiro e sem geração, instituindo como herdeiro de todos os seus bens não vinculados o seu sobrinho e afilhado José Caetano Saraiva Caldeira de Miranda, futuro conde de Almendra e que, como ele, viria a ser governador civil de Bragança.

Circular de António José de Miranda a alertar para o roubo de dinheiro por parte de alguns tesoureiros das Câmaras Municipais (17.6.1848)

Constando que alguns tesoureiros das Câmaras distraem os dinheiros do Município e do  cofre da Junta Geral, para fins e negociações suas, a ponto de muitas vezes se inabilitarem a  satisfazer imediatamente como devem ordens legais de pagamento, convém que Vossa Senhoria previna o desse concelho de que, segundo a legislação vigente, e de declarações do Governo a tal respeito, todos os tesoureiros que extraviem dinheiros pertencentes ao cofre que lhe foi confiado está em flagrante delito de furto e levantamento da fazenda alheia, por  isso sujeito a prisão antes de culpa formada nos termos dos artigos 1019.º, 1020.º e 1023.º da novíssima reforma judiciária; medida que eu estou na firme resolução de levar a efeito por meio de visitas imprevistas a que hei de mandar proceder ou por outro qualquer meio venha a meu conhecimento o mais leve extravio da parte de qualquer tesoureiro.
A. J. de Miranda

Fonte: Arquivo Distrital de Bragança, Governo Civil de Bragança, Correspondência Expedida, Cx. 16, lv 67, fl. 51 e 51v.

Fontes e Bibliografia
Arquivo Distrital de Bragança, documentos vários.
Arquivo da Universidade de Coimbra, documentos vários.
ALVES, Francisco Manuel. 2000. Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança, vol. VI e VII. 
Bragança: Câmara Municipal de Bragança / Instituto Português de Museus.
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa, 1935-1987. 
MÓNICA, Maria Filomena (coord.). 2004. Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910), II vol. Lisboa: 
Assembleia da República.

Publicação da C.M. Bragança

BRAGANÇA. LIBERDADE PARA RECOMEÇAR!

Festa dos Reis - CARETOS / SALSAS

Buscas na Serra de Montesinho por turista desaparecido

 Bombeiros e GNR estão a levar a cabo uma operação de busca por um turista, com cerca de 80 anos, que estará desaparecido na Serra de Montesinho, entre a aldeia de Vilarinho, no concelho de Bragança, e a fronteira com Espanha.


O homem, oriundo do distrito do Porto, terá saído de manhã da casa onde se encontra hospedado com a filha e o genro, para uma caminhada, não sendo visto desde então.

Os escuteiros também já foram chamados a participar nas buscas.

Já este sábado de manhã juntaram-se às buscas os bombeiros de Mogadouro e Izeda. Segundo conseguiu apurar o Mensageiro no local, a participar nas buscas estão já cerca de 50 pessoas, apoiados por um drone da GNR e equipas cinotécnicas (com cães).

No local está, também, um posto de comando da Proteção Civil.

O homem tinha vindo passar uns dias ao Nordeste Transmontano com a filha e o genro. 

Os familiares ainda conseguiram contactá-lo pelo telemóvel na sexta-feira, mas acabou por ficar sem bateria e o contacto não mais foi retomado.

António G. Rodrigues

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Exposição “Equilíbrios Sensoriais” - Adélia Clavien | MATL

 Adélia Clavien nasceu em Mirandela, mas vive na Suíça, desde 1981.
Como artista, trabalha de maneira autodidática e apaixonada. Explora várias técnicas de pintura (acrílico, carvão, areia, vitrais etc.) e usa o seu conhecimento de fotografia para criar pinturas originais misturadas com fotografia - Novo Pop Realismo. Os vários temas apresentados permitem-nos viajar para um universo colorido e misterioso - o universo de Adélia.

A exposição “Equilíbrios Sensoriais” é composta por obras de dois estilos e técnicas reconhecidas no mercado internacional (Pop Art e Abstrato), escolhidas pela própria artista. Esta mostra forma um conjunto visual de várias fases de seu percurso artístico, promovendo conforto sensorial, através de estímulos equilibrados, como luz, cor, textura e som

A inauguração será no dia 24 de janeiro, pelas 18h00, no Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes.

Local: Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes
Horário: Segunda a sexta: 09h00 – 18h00
Sábado e domingo: 11h00 – 17h00
Entrada: Paga conforme tabela de preços do Município de Mirandela, a partir de 01 de novembro, de 2024

V Congresso de Trás-os-Montes e Alto Douro | Auditório Jean Piaget

 No dia 24 de janeiro o Auditório Jean Piaget recebe o V Congresso de Trás-os-Montes e Alto.

Local: Auditório Jean Piaget
Data: 24 de janeiro de 2025
Hora: 13h30 às 19h00

Exposição 'José Rodrigues - Guardador de Estrelas' - José Rodrigues | Estação das Artes

 A exposição reúne um conjunto de obras de pintura, desenho e escultura, da autoria de José Rodrigues, que integram diversas coleções.
Nelas podemos destacar a profunda relação entre a arte figurativa e a experiência humana. A escultura e o desenho não são apenas representações visuais; são também veículos de emoção e expressão, que transmitem a complexidade das vivências humanas. Através da captura de posturas, gestos e expressões faciais, o artista comunica histórias e sentimentos que ressoam com a individualidade de figuras, sejam elas históricas, bíblicas ou mitológicas.

Ao longo dos séculos, e também intensamente no século XX, a temática da crucifixão ou de Cristo foi abordada pelos artistas nas suas mais diversas expressões, e José Rodrigues não se fez exceção destacando-se pela profundidade de suas obras, nomeadamente ao abordar temas que envolvem a crucifixão e a figura de Jesus Cristo.

A menção às personagens anónimas sugere uma democratização da arte, onde cada gesto e olhar pode contar uma narrativa rica e multifacetada, refletindo a diversidade das experiências cotidianas. A arte, torna-se assim um espelho da condição humana, capaz de evocar empatia e conexão através de uma representação que vai além do simples visual, mergulhando nas sutilezas da vida e nas complexidades das emoções. Essa capacidade de capturar a essência da experiência humana é o que torna a obra de José Rodrigues tão poderosa e atemporal.

A inauguração será no dia 17 de janeiro, pelas 18h00, na Estação das Artes.

Local: Estação das Artes
Horário: Todos os dias: 11h00 às 17h00

Apresentação do livro 'Agricultura: sem Papas na Língua' de José Martino | MOA

 No dia 16 de janeiro, pelas 17h00, o Museu da Oliveira e do Azeite, em Mirandela, recebe a apresentação do livro "Agricultura: sem Papas na Língua", da autoria de José Martino.
Esta obra, uma coletânea de crónicas publicadas no Semanário Vida Económica entre 2022 e 2023, oferece uma visão crítica e fundamentada sobre os desafios e oportunidades do sector agroflorestal e dos territórios de baixa densidade em Portugal. Dirigido a agricultores, académicos, decisores políticos e interessados no desenvolvimento rural, o livro destaca temas como alterações climáticas, desertificação, agricultura familiar e inovação sustentável, trazendo propostas concretas para o futuro do sector.

Local: Museu da Oliveira e do Azeite
Data: 16 de janeiro de 2025
Hora: 17h00

Exposição “Retalhos Meus” - Fátima Rodrigues | Ecoteca

 Fátima Rodrigues apresenta a exposição “Retalhos Meus” no dia 10 de janeiro, às 18h00, na Ecoteca. A autora cujos quadros são fruto de amor e manualidades, retrata, nestas obras de arte, as suas vivências, desde religião, viagens, hobbies até à natureza, a sua maior paixão. Retalhos e retalhos em cores vibrantes que unidos um a um vão se transformando em magia e enaltecendo sonhos numa roda viva de fantasia, criatividade e humanismo.

Local: Ecoteca de Mirandela
Horário: Segunda a sexta: 09h00 – 18h00
Sábado e domingo: 11h00 – 17h00
Entrada: Paga conforme tabela de preços do Município de Mirandela, a partir de 01 de novembro, de 2024

Workshop “ Promoção da Alimentação Saudável e Sustentável nas Terras de Trás-os-Montes”

 A Desteque convida-o(a) a marcar presença no workshop temático Promoção da Alimentação Saudável e Sustentável nas Terras de Trás-os-Montes que se irá realizar no dia 10 de janeiro de 2025 no Auditório do Centro Cultural de Mirandela das 15h00 às 17h00.
O workshop, de participação aberta e gratuita, tem como objetivo a promoção da adoção de uma alimentação saudável, económica e sustentável, considerando a promoção da relação entre os hábitos de alimentação saudável e o consumo de produtos regionais e locais do território da sub-região das Terras de Trás-os-Montes.

Tendo em conta o interesse desta temática, ficamos a contar com a sua presença!

Faça antecipadamente a sua inscrição aqui https://tinyurl.com/AlimentacaoSaudavelTTM

Local: Auditório do Centro Cultural de Mirandela
Data: 10 de janeiro
Hora: 15h00

Festa dos Reis 2025 - Vale de Salgueiro - Conheça o património cultural de Vale de Salgueiro

 A tradição da Festa dos Reis volta a ser celebrada em Vale de Salgueiro, Mirandela, nos dias 5 e 6 de janeiro de 2025. Ao som das gaitas de foles, bombos e caixas, o rei percorre a aldeia para distribuir tremoços e vinho pelas casas.
Outro momento especial é a tradicional dança da Murinheira, acompanhada de música que une gerações e visitantes. Durante a celebração, destaca-se também a Missa dos Reis, onde acontece a coroação do novo Rei, marcando o início do seu reinado.

Esta festa é uma oportunidade única de conhecer o património cultural de Vale de Salgueiro.

Local: Vale de Salgueiro
Data: 5 e 6 de janeiro

Concerto de Ano Novo da Banda 1.º de Maio de Mirandela - Dê as boas-vindas ao Novo Ano!

 As celebrações de ano novo estendem-se até ao dia 04 de janeiro, pelas 21h30, no Grande Auditório do CCM, com o Concerto de Ano Novo da Banda 1.º de Maio de Mirandela, um espetáculo cheio de emoção, dirigido pelo maestro Ricardo Januário.

Local: Grande Auditório do Centro Cultural de Mirandela
Data: 04 de Janeiro de 2025
Hora: 21h30
Preço dos Bilhetes: 5€
Bilhetes à venda em https://ticketline.sapo.pt/evento/concerto-de-ano-novo-banda-1-de-maio-88749 ou na bilheteira do Centro Cultural de Mirandela.
Horário da Bilheteira do CCM: dias úteis da 14h00 às 17h00 ou no dia do espetáculo a partir das 20h00.

Curso de Azeite | APPITAD

 A APPITAD convida-o a participar no Curso de Azeite, que se realizará de 4 a 22 de janeiro, na sede da APPITAD. Aproveite esta oportunidade única para aprofundar os seus conhecimentos sobre azeite, num ambiente de aprendizagem enriquecedor!
As inscrições, a decorrer até ao dia 27/12, poderão ser efectuadas aqui, directamente na sede da APPITAD ou através do e-mail formacao@appitad.pt

Local: Sede da APPITAD
Data: 4 a 22 de janeiro

VIII Feira dos Reis de Vale de Salgueiro - 2025 - Não perca os tradicionais e singulares festejos

 Nos dias 4 e 5 de janeiro, a freguesia de Vale de Salgueiro celebra a Feira dos Reis. Visite a feira de produtos regionais e não perca os tradicionais e singulares festejos característicos desta aldeia.

Local: Vale de Salgueiro
Data: 4 e 5 de janeiro

TIM 'Canta-me Histórias' - Tim, a voz dos Xutos & Pontapés, a solo

 "Apeteceu-me parar um pouco e olhar para trás: pelo caminho tantas canções e cada uma com a sua história... companheiros de aventura, bons e maus momentos, talvez lembrar e sorrir, tornar a desfrutar esses instantes...
E porque não partilhar num concerto? Mas se são tantas as situações que é impossível condensar numa apresentação solitária, então porque não fazer várias, no mesmo local, numa espécie de residência?

Assim nasceu o “Canta-me Histórias”, uma série de 20 presenças todas diferentes onde, à boleia das canções, irei desfiando histórias sobre as minhas experiências enquanto músico, completamente sozinho e só com as guitarras entre mim e a audiência"

Local: Centro Cultural de Mirandela
Data: 24 de janeiro de 2025
Horário: 21h30
Preço: 15,00€
Bilhetes à venda em https://ticketline.sapo.pt ou na bilheteira do Centro Cultural de Mirandela
Horário da Bilheteira do CCM: dias úteis da 14h00 às 17h00 ou no dia do espetáculo a partir das 20h00.

OS FIDALGOS - BRAGANÇA - CARRAGOSA

 
DOMINGOS RODRIGUES DE MORAIS, natural de Carragosa, concelho de 
Bragança, filho de João Rodrigues e de D. Luzia Lopes, de Carragosa, casou com D. Maria Ordonhes, da família Morais Antas, do Vimioso. Descendência:
2º D. MARIA BÁRBARA PIMENTEL E ANTAS, que noviciou, em 1828, no convento de Santa Clara de Bragança.
3º D. ANASTÁCIA MARIA DA CONCEIÇÃO, que nasceu no Vimioso em 1709. Foi seu padrinho D. João Franco de Oliveira, bispo de Miranda.
Professou no mesmo convento em 1725. Adiante, em Vimioso – Mendes e Antas, a ela nos referiremos detalhadamente.
ANTÓNIO GONÇALVES ALVAREDO, de Carragosa, abade de Vilar de Peregrinos, concelho de Vinhais, faleceu a 17 de Outubro de 1817, deixando por herdeiros suas irmãs D. Teresa, D. Maria e D. Caetana e, por morte destas duas últimas, os filhos da primeira.
Sobre esta família Alvaredo, de Carragosa, mas oriunda de Gustei, concelho de Bragança, enlaçada com a família Cameirão, de Talhas e Izeda, ver na lista dos cónegos os apelidos Alvaredo e Cameirão; e adiante Gustei.
A esta família, da qual ainda somos parente, pertencem, além de outros:
ANTÓNIO JOSÉ RODRIGUES, que nasceu em Carragosa a 3 de Fevereiro de 1850 e faleceu, sendo pároco da Fradizela, concelho de Vale Paços, nos últimos dias de Março de 1913.
ALFREDO JOSÉ RODRIGUES, doutor em direito, advogado em Bragança e abade de Linhares, que nasceu em Carragosa a 24 de Fevereiro de 1874.
Ambos filhos de:
JOÃO BERNARDO RODRIGUES e de D. Regina Gonçalves Alvaredo, que nasceu em Carragosa a 9 de Abril de 1833, filha de Domingos António Cameirão, natural de Izeda, e de D. Francisca Gonçalves, de Carregosa, irmã de António José Gonçalves Alvaredo, abade de Carregosa, onde nasceu a 21 de Junho de 1807, que era sobrinho do padre Francisco Gonçalves Alvaredo, falecido em Carragosa a 29 de Agosto de 1849.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA

António Júlio Taveira Pinto de Magalhães Pizarro - Os Governadores Civis do Distrito de Bragança (1835-2011)

 8.novembro.1847 – 30.dezembro.1847
ALIJÓ, 10.8.1802 – BRAGA, ?

Magistrado judicial.
Bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra.
Governador civil de Bragança (1847).
Natural da freguesia de Vilar de Maçada, concelho de Alijó.
Filho de João Taveira Pinto de Magalhães Pizarro e de Ana Bárbara da Rocha Cardoso.
Neto paterno e afilhado de António José Pinto Pimentel de Almeida Carvalhais, fidalgo da Casa Real e morgado da Ribeira de Sabrosa.

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António Júlio Taveira Pinto de Magalhães Pizarro, descendente de uma das mais ilustres famílias trasmontanas, matriculou-se na Universidade de Coimbra em 1820, formando-se em Leis em 1827.
Foi juiz de Direito na Índia e, por decreto de 12 de dezembro de 1842, em Moçambique.
Tornou-se governador civil de Bragança por decreto de 8 de novembro de 1847, cargo de que tomou posse a 3 de dezembro seguinte, estando presente Diogo Albino de Sá Vargas.
É este o governador civil a que se refere o deputado Eusébio Dias Poças Falcão, na sessão da Câmara dos Deputados de 20 de janeiro de 1848, quando declara que António Júlio Taveira comparecera em Bragança a 1 de novembro de 1847, mas que tendo alguns indivíduos efetuado uma manifestação à sua porta, dando vivas à Rainha e à Carta Constitucional, se retirara para Vila Real, “não por temor”, mas porque fora escolhido para eleitor da província e por desejar aproveitar o “bom tempo” que fazia. O Nacional, de 11 de dezembro de 1847, refere também os “escandalosos dramas de insubordinação e anarquia” ocorridos em Bragança, a propósito da nomeação de António Júlio Pinto Pizarro como governador civil de Bragança.
Francisco Manuel Alves e Adrião Martins Amado explicam, por seu turno, a exoneração deste mal-amado governador civil. No final do ano de 1847, um grupo de estudantes foi cantar os Reis à porta de António Pizarro, precisamente no mesmo dia em que este, devido às perturbações da Patuleia, proibira em edital, sob pena de prisão, a divagação de grupos pelas ruas da cidade durante a noite. O magistrado considerou assim tal atitude uma afronta direta às suas determinações regulamentares, pedindo de imediato a sua exoneração.

Discurso de tomada de posse de Pinto Pizarro (3.12.1847)

Habitantes do distrito de Bragança! Honrado por Sua Majestade com a nomeação, por mim nem solicitada, nem merecida, de vosso governador civil, eu venho ser entre vós o intérprete fiel, o executor leal e zeloso, das benévolas e maternais intenções da mesma augusta senhora, e dos princípios da ordem, legalidade e reconciliação, proclamados, de acordo com eles, pelo seu Governo.
Parco e difícil em promessas, porque pontual em cumprir o prometido, eu não pretendo captar simpatias, nem seduzir credulidades, com os brilhantes atrativos de sedutoras esperanças e de pomposas promessas, tão fáceis de proferir, como difíceis, senão impossíveis, de realizar; mas, enquanto vosso chefe administrativo, eu não faltarei ao que meu cargo, e a lei, me incumbem, estudando, propondo e promovendo todos os melhoramentos realizáveis em qualquer das fontes da vossa prosperidade.
Habitantes do distrito de Bragança! A primeira, a mais instante necessidade, vossa, e de todos os portugueses, depois de tantos embates e oscilações políticas, é a ordem, a segurança e a tranquilidade; sem ordem não há sociedade; sem sociedade e ordem, não há nem segurança, nem tranquilidade; e sem tranquilidade e segurança, não há nem vida, nem propriedade!
Mas para que tudo isto exista, cumpre, e é indispensável, que as opiniões se tolerem; que os partidos se contenham e se dispam do egoísmo, do rancor e intolerância das fações; que as leis sejam obedecidas; as autoridades respeitadas; e que os depositários do poder nem abusem, nem prevariquem.
Eis o maior, o mais ardente desejo de nossa augusta soberana; eis o desejo mais saliente e pronunciado de todos os seus súbditos, que nem especulam, nem medram na desordem; eis o voto e a política do Governo; e por consequência, eis o voto e dever de todos os seus delegados, que não sabem trair o amor à Pátria e a lealdade ao trono.
Habitantes do distrito de Bragança! Conheceis já os meus princípios, contai com sua fiel execução, bem como eu conto com vossa sisudez, subordinação e amor ao trono e à Carta Constitucional. Ricos ou pobres, sábios ou ignorantes, achareis o vosso governador civil sempre pronto a receber-vos e a ouvir-vos; sempre imparcial e circunspeto; mas persistente e inexorável, em reprimir e castigar a desordem, a insubordinação, a violência, o abuso e a prevaricação, aonde quer que se apresente: assim possa ele merecer as vossas bênçãos, assim possa a sua administração dar-vos mais um motivo para poder dizer com entusiasmo e reconhecimento:
Viva Sua Majestade a nossa Augusta Rainha.
Viva El-Rei, seu augusto esposo.
Viva sua real dinastia.
Viva a Carta Constitucional da Monarquia.
Bragança, 3 de dezembro de 1847.
O governador civil, António Júlio Taveira Pinto Pizarro.

Fonte: Copiado de uma folha avulsa impressa na Tipografia de Bragança,
em 1847, pertencente a Júlio Lemos, empregado da Câmara Municipal de Bragança,
transcrito por Francisco Manuel Alves nas suas Memórias arqueológico-históricas
do distrito de Bragança, t. VII, Porto, 1931, pp. 8-10.

Fontes e Bibliografia
Arquivo Distrital de Bragança, documentos vários.
Annaes maritimos e coloniaes, vol. III. 1844. Lisboa: Imprensa Nacional.
O Nacional, 11.12.1847.
ALVES, Francisco Manuel. 2000. Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança, vol. VII. Bragança: Câmara Municipal de Bragança / Instituto Português de Museus.
ALVES, Francisco Manuel. AMADO, Adrião Martins. 2002. Vimioso. Notas monográficas. Vimioso: Câmara Municipal de Vimioso.
FONTE, Barroso da. 1998. Dicionário dos mais ilustres Transmontanos e Alto-Durienses, vol. I. Guimarães:
Editora Cidade Berço.

Publicação da C.M. Bragança