Escolhemos Macedo porque temos a renda mais baixa. E escolhemos Portugal, pela facilidade com o idioma e poder exercer a profissão aqui.
O negócio vai bem. Agora no inverno, há uma diminuição de movimento, mas no verão, quando abrimos foi muito movimentado. Estamos em Portugal, há pouco mais de dois anos, e em Macedo há um ano e sete meses. Temos para os clientes petiscos brasileiros, como coxinhas e bolinha de queijo, e ainda bebidas brasileiras, como a caipirinha e a batida. Sentimos que Macedo tem muitos imigrantes brasileiros, mas o nosso público é de todas as nacionalidades, como portugueses, africanos e brasileiros. É uma região boa, gostamos do frio e estamos a adorar. E Macedo é acolhedor e as pessoas têm nos tratado muito bem, desde que chegamos que temos feito amizades. E as pessoas têm gostado também da nossa proposta de bar e de café. As nossas “coxinhas” e as nossas “bolinhas de queijo” têm feito sucesso e por isso, está a correr bem.
Ingrid Morais é esteticista e abriu recentemente um espaço. Considera a cidade tranquila e boa para ela e para a família:
Escolhi esta localidade pela tranquilidade e conhecer outro país e uma outra cultura. Macedo é muito seguro. O trabalho está a correr bem. É um povo um pouco desconfiado de início, mas depois de nos acolherem ,está tudo bem.
Tenho cá já um irmão e uma cunhada e um casal de primos, e de futuro, penso trazer a minha mãe e as minhas irmãs.
Raissa e Everton Nascimento, são proprietários de uma pizzaria. Apostaram em Macedo porque ser uma cidade pautada pela serenidade:
Por ser uma cidade tranquila, pataca e por já ter também muitso brasileiros. Estamos cá, há dois anos, em Portugal e em Macedo há um ano e meio. Temos duas filhas, uma de 14 e outra com dois anos e meio. Gostamos muito daqui. Eu já trouxe umas cinco famílias para cá. O trabalho está a correr bem. Tivemos alguma ajuda de alguns amigos portugueses. É uma cidade muito segura e tem muitos restaurantes bons, assim como a comida. E é importante conhecer.
Fabiano Araújo trocou S. Paulo por Macedo de Cavaleiros, veio com a esposa e dois filhos menores, Neste momento, trabalham no ramo da hotelaria. O concelho tem todos os requisitos para o bem-estar da família:
Macedo é que me escolheu a mim. Sai de S. Paulo para trabalhar num mercado, onde o meu primo era o proprietário. Eu cheguei a Portugal, a convite dele. Depois ele vendeu o mercado e eu fiquei aqui sozinho. Macedo é aconchegante, gosto muito de estar aqui e não quero sair daqui. O meu filho mais novo, Miguel, está no Instituto Piaget e o Ian está no Secundário. A qualidade de vida não requer só segurança, como outros aspetos, como a possibilidade de poder de compra. Se uma família vier do Brasil, o marido e a mulher, receberem o ordenado mínimo, uma família vive muito bem. Vim para Portugal, direto para cá e daqui não saio. Tenho conhecimento que vários brasileiros estão a vir para cá para terem uma melhor vida.
Cris e Edivan Silva têm um salão de beleza há mais de 14 anos e já se sentem macedenses:
Nós vivemos em Macedo de Cavaleiros desde 2010, e trabalhamos na área da estética. Todo o imigrante sai do seu país, em busca de novas oportunidades. E depois de passar por alguns países pela Europa. Nós encontramos a oportunidade em Portugal. Aqui fomos acolhidos de braços abertos e encontramos aquela oportunidade numa época muito difícil na nossa vida. Hoje, posso dizer que me considero, sem sombra de dúvida, transmontano. Um macedense e com muito orgulho. Não me arrependo. Houveram momentos muito difíceis, mas que nós conseguimos superar.
Estima-se que o número de brasileiros, em Macedo de Cavaleiros, ronde os 200 no concelho.
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