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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 7 de dezembro de 2024

A coroça de palha

 A coroça (croça) é constituída por uma capa e uma sobrecapa executadas em palha, pela técnica da cestaria.


A sua função não é agasalhar, mas deixar escorrer a chuva e, por vezes, a neve, repelindo a humidade.

De fácil, rápida e económica manufatura, este traje perdurou até aos nossos dias pela sua funcionalidade.

A coroça é um dos exemplares de traje regional português de mais remotas origens.

Como é sabido, durante o neolítico e na fase denominada de pré-tecelagem, o homem utilizava fibras vegetais para se cobrir e para isolar, por camadas, os tetos das suas cabanas.

Este revestimento revelou-se tão eficaz que resistiu às influências de culturas e civilizações diversas ocorridas durante milénios.

A coroça tem a configuração de um grande espantalho a que, por vezes, se acrescenta um carapuço solto e umas grevas que protegem igualmente as pernas das intempéries.

É interessante salientar a semelhança e o paralelismo entre este abafo humano e a cobertura dos denominados palheiros, também composta pela sobreposição de fiadas de palha.

A visualidade do homem que enverga esta indumentária remete para uma profunda integração na paisagem.

Esta imagem supõe a perfeita relação e dependência do homem com a natureza.

Por outro lado, constituía seguramente uma das mais antigas formas de camuflagem e de proteção natural contra os predadores.

MBT


COROÇA

– Capa composta por cabeção e «saia» de junco, disposto paralelamente no sentido longitudinal, ligado entre si por um entrelaçado encardoado em espaços regulares.

POLAINICOS – De junco disposto paralelamente no sentido longitudinal, entrelaçado em espaços regulares.

CHAPÉU – Feltro preto, fita de tecido (tafetá) de seda e fita de tecido (veludo) de algodão, pretos. Chapéu de aba larga guarnecida com fita de veludo; copa redonda decorada com fita de seda. Remata no interior com fita de couro de cor natural. Forro: Tecido (tafetá) de algodão azul;

TAMANCOS (PAR) – Couro de cor natural com taxas de metal prateado; cunha, salto e solas de madeira de cor natural.

Fonte: “Trajes Míticos da Cultura Regional Portuguesa”

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