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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Projeto da Adega Cooperativa de Freixo de Espada à Cinta vai reduzir o sal na azeitona de mesa

 Este projeto visa a criação de um novo modelo tecnológico, sustentável e estratégico para a indústria de processamento de azeitona.


O projeto INOVOlive vai ter a azeitona de mesa como objeto de investigação, com o objetivo de reduzir o sal, no processo de cura.

O INOVOlive é liderado pela Adega Cooperativa de Freixo de Espada à Cinta. E tem como principal objetivo trazer a inovação para acelerar a cura da azeitona de mesa e reduzir-lhe o sal.

O seu responsável de produção, Teófilo Ferreira, destaca que este processo acelera a cura e diminuiu o tempo para três meses, obtendo assim uma otimização e rentabilização:

Por um lado, o de acelerar a fermentação das azeitonas de mesa de cura natural. Então, com a utilização destas luzes led, esperamos poder reduzir este processo e a duração do mesmo. E ao mesmo tempo, com uma fermentação mais homogénea permitir-nos-á reduzir o teor de sal, no produto acabado. No processo de embalamento, as azeitonas passarão por uma câmara de luz e esperamos reduzir a carga menos boa, que possa haver, diminuindo o sal e produzir um alimento seguro na mesma.

Normalmente fazemos esse processo com o sal, que é o responsável pelo desenvolvimento da flora microbiana.

O projeto começou a ser implementado no mês passado e vai usar os benefícios da luz led. Outro aspeto a ter em conta é o carácter sustentável, como acrescenta o responsável de produção, Teófilo Ferreira:

Depois tem uma segunda componente que é, o reaproveitamento das águas, das salmouras velhas para a produção de salicórnia.

É tornar o influente menos poluente, uma vez que tem as suas dificuldades de tratamento, para não causar problemas ambientais, porque apresenta um teor de sal muito elevado, que ao mesmo tempo é muito positivo para o desenvolvimento da salicórnia. Portanto, é um projeto que se desenvolve nestes dois pilares.

Por um lado, a melhoria do desenvolvimento dos processos de conservação da azeitona e por outro lado, um aproveitamento daquilo que é um influente, que é um dos maiores problemas da azeitona de mesa, a nível mundial.

A variedade de azeitona que é usada para este projeto é a negrinha de Freixo, devido principalmente às suas caraterísticas:

Esta é uma variedade de dupla aptidão, tanto pode produzir azeite, como azeitona de conserva. Mas é mais direcionada para a azeitona de conserva, porque tem uma polpa muito carnuda, que desprende muito bem o caroço, e ao mesmo tempo tem pouco rendimento em azeite. Enquanto que a variedade cobrancosa rende 15% a 16%, esta apenas rende 8% a 9%.

Esta variedade constitui 90% de plantação neste concelho transmontano.

O projeto já está implementado no terreno, em fase piloto:

Estamos já com a produção de azeitona de 2024, em tratamento. Ainda numa fase piloto, em pequenas quantidades, com barricas de 250 quilos, para ter os primeiros dados, para depois podermos passar à fase industrial, onde faremos em fermentadores de 10 mil quilos.

Vamos escalar o volume para tornar o processo economicamente viável.

O projeto tem como parceiros, a empresa LOKI (empresa de investigação, projeto, desenvolvimento e produção de produtos e sistemas com base em tecnologia LED), o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e o MORE – Laboratório Colaborativo Montanhas de Investigação (MORE CoLAB).

O projeto conta com um investimento de 1 milhão de euros, aprovado no âmbito do Portugal 2030.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

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