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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 26 de outubro de 2025

A CASTANHA DOS SOUTOS TRANSMONTANOS

 Por estes dias, Trás-os-Montes prepara-se para celebra a sua joia outonal com as Feiras da Castanha em Carrazedo de Montenegro e Vinhais.


Outubro pinta de cobre e castanho as encostas transmontanas. Nos soutos antigos, erguidos ao longo de séculos de dedicação, é tempo de colheita. Homens e mulheres curvam-se sobre o chão coberto de ouriços, recolhendo com paciência o fruto que simboliza o coração económico e cultural de Trás-os-Montes: a castanha.

A apanha da castanha é muito mais do que um trabalho agrícola , é um ritual de identidade. Nas aldeias de Carrazedo de Montenegro, em Valpaços, e em Vinhais, as famílias unem-se nos campos, perpetuando um saber transmitido de geração em geração. O som dos ouriços a abrir, o aroma da terra húmida e o convívio que acompanha a labuta criam uma atmosfera única, onde a tradição e a natureza se entrelaçam.

Com a chegada da Feira da Castanha, nos dias 7, 8 e 9 de novembro, Carrazedo de Montenegro e Vinhais tornam-se o palco maior desta celebração. São esperados milhares de visitantes, atraídos não só pelo sabor irresistível da castanha assada, mas também pela oportunidade de conhecer produtos locais, artesanato, gastronomia típica e as gentes que dão vida à região.

A castanha é, hoje, um dos pilares da economia transmontana. Portugal é um dos principais produtores europeus, e Trás-os-Montes contribui com uma fatia significativa da produção nacional. O fruto é exportado para vários países, gerando rendimento e fixando populações em territórios onde o despovoamento é uma ameaça constante. Além do valor económico, a castanha carrega um profundo significado cultural: representa a resiliência das comunidades rurais e a ligação harmoniosa entre o homem e a terra.

Entre soutos centenários e feiras que celebram o fruto do trabalho coletivo, a castanha continua a afirmar-se como símbolo de orgulho transmontano. Mais do que um simples produto agrícola, é memória, é sustento e é futuro.

A Redação,
Fotos: DR

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