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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 26 de outubro de 2025

San Juan. Mina de volfrâmio. A céu aberto. E a pouco mais de 1 km da fronteira com Vinhais.


 Localizada em Pentes, A Gudiña (Galiza), esta mina avançará mesmo encostada ao nosso Parque Natural de Montesinho, em plena Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica.
O projeto já está no terreno. Há maquinaria. Há movimentações visíveis. E há silêncio.
O que não há? Transparência. Participação. Consulta a Portugal.
Apesar da proximidade com aldeias como Cisterna e Pinheiro, e da ligação a rios sensíveis como o Rabaçal, o Assureira, o Mente e o Tuela, não foi tornado público qualquer Estudo de Impacto Ambiental Transfronteiriço.
O problema não é a existência da mina.
O problema é avançar com ela nestes termos — sem informar, sem prevenir, sem respeitar.
Não se trata de ser contra o progresso.
Mas progresso à custa da água, da biodiversidade e da confiança das populações… não é progresso.
Decisões como esta afetam rios que atravessam zonas agrícolas, alimentam praias fluviais e sustentam espécies protegidas como a Margaritifera margaritifera (mexilhão-de-rio).
Já ouvi críticas a quem alerta.
Mas quem fala, fala porque se preocupa.
Quem se cala, é que muitas vezes consente.
Não é “contra as minas”.
É a favor da verdade, da participação pública e da responsabilidade ambiental.
Porque a tecnologia pode evoluir.
Rios como o Rabaçal, não.
E ainda não há baterias que filtrem metais pesados da água que bebemos.

Henrique Vale

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