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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Excesso de chuva na primavera dita ano difícil para a amêndoa transmontana

 “Vai ser uma campanha ainda pior do que esperávamos”, admite Bruno Cordeiro, presidente da Cooperativa Agrícola de Produtores de Amêndoa de Trás-os-Montes e Alto Douro. A colheita de 2025 está a confirmar os piores receios, menos produção, menos rendimentos e um futuro cada vez mais dependente da chuva que cai quando não deve


Em Trás-os-Montes, a amendoeira é mais do que uma árvore, é um símbolo que a primavera com a sua floração, cobrindo os vales de concelhos como Torre de Moncorvo, Mogadouro, Mirandela e Freixo de Espada à Cinta com um véu de beleza que, por uns dias, parece prometer fartura. Este ano a promessa ficou por cumprir. A campanha de 2025 está a ser, nas palavras de Bruno Cordeiro, presidente da Cooperativa Agrícola de Produtores de Amêndoa de Trás-os-Montes e Alto Douro, “ainda pior do que se esperava”.

“A campanha ainda está a decorrer, ainda estamos a receber amêndoa dos nossos cooperantes. Mas o que temos vindo a notar é que a produção vai ser menor do que aquilo que nós esperávamos. E nós já esperávamos uma produção muito reduzida”, esclareceu Bruno Cordeiro.

As palavras saem com o peso de quem vê, ano após ano, o esforço travado por fatores que escapam à vontade humana. “Logo no princípio, no tempo da floração, já contávamos que fosse um ano mau. Choveu muito na floração, quando as amendoeiras estavam no auge da floração, e a polinização não se concretizou. Muitas flores não chegaram sequer a dar fruto”, clarificou sobre as causas para esta quebra.

A primavera chuvosa, que para outras culturas significou alívio, trouxe às amendoeiras o revés. As geadas tardias completaram o quadro. A natureza, em 2025, não foi generosa com esta cultura em Trás-os-Montes.

Num ano normal, a cooperativa teria já perto de um milhão de quilos de amêndoa em armazém. Agora, mal chega às 400 toneladas. “A diferença é muito grande”, lamentou Bruno Cordeiro. “Ainda não terminámos, é certo, mas mais de metade dos nossos cooperantes já entregou a produção. Muitos fizeram mesmo a declaração de não produção, porque simplesmente não tinham amêndoa”, esclareceu ainda o presidente da cooperativa.

Se tudo correr conforme o previsto, a cooperativa chegará às 600 toneladas, pouco mais de metade do que seria o mínimo aceitável.

Jornalista: Carina Alves

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