quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Câmara de Bragança exige manutenção de laboratório de apoio à agro-pecuária

Vereadores socialistas foram os autores da moção que foi aprovada por unanimidade
A Câmara de Bragança aprovou uma moção a reclamar a manutenção em Mirandela do laboratório de apoio à actividade agro-pecuária depois de o Governo ter anunciado que as análises vão ser concentradas na zona do Porto.
A iniciativa partiu dos vereadores do Partido Socialista, Vitor Pereira e André Novo, e foi aprovada por unanimidade com os votos favoráveis da maioria social-democrata liderada pelo presidente Hernâni Dias, e do vereador independente Humberto Rocha, divulgaram hoje os promotores.
“Exigimos ao Governo a manutenção do referido serviço no local onde foi inicialmente implantado em 2006”, lê-se na moção que vai ser enviada aos grupos parlamentares, ao primeiro-ministro, à ministra da Agricultura e ao director regional de agricultura.
O Governo confirmou que dentro de pouco mais de um mês, o laboratório instalado há oito anos, em Mirandela, deixará de fazer análises e permanecerá nesta região uma estrutura “virada para o azeite”.
A decisão tem gerado contestação a nível local a que se junta a moção aprovada agora em reunião da Câmara de Bragança e que realça que “este serviço é de grande importância para a defesa e incremento das raças autóctones, como a Mirandesa e porco Bísaro, cabrito de Montesinho, Churra Galega, Barrosã, Baronesa e outras”.
O laboratório realizava cerca de 380 mil análises por ano e abrangia um universo de 12 organizações pecuárias e 11 mil produtores.
Na moção, os subscritores alertam para a idade avançada dos agricultores da região e consideram que “a retirada deste serviço vai onerar de forma significativa a produção e criação de gado”.
O documento lembra ainda que “o sector agro-pecuário constituiu uma mais-valia para a criação de riqueza e fixação de pessoas” na região e aponta que “decisões desta índole manifestam uma falta de respeito por produtores, criadores, agricultores e gentes” de Trás-os-Montes.
“Esta retirada de serviços em nada ajuda à coesão social, à fixação de pessoas e ao povoamento de um território já por si considerado de baixa densidade, empobrecido e abandonado pelos sucessivos governos”, conclui.

in:publico.pt

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