terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Roubos de produtos agrícolas e apícolas

Hoje encontrar quem queira trabalhar um dia sequer quase não se encontra. Algumas pessoas da rédea larga que até têm terras e podiam colher os mimos da horta já não o fazem. Está a tornar-se prática vigiar quem tem a sua horta ou campo semeado e quando se retiram, os amigos do alheio, em horas mortas ou pela calada da noute, assaltam, escocham, cortam e arrancam.

Mas, o que é mais escandaloso, não se contentam em colher para eles, roubam para presentear amigas ou amigos e, sobretudo, para vender. Quem vende azeitona e não tem oliveiras é certo que é roubada. Quem vende tomates ou grelos sem os cultivar é porque os foi roubar. Com uma boneca ou outra da política a incentivar para que se roubem as poupanças, é mais fácil perder a vergonha. Isto vai chegar longe.

Essa gente amiga do alheio e que está na política não fala em trabalhar mas em roubar, a quem poupa uns tostões ao longo da vida. Um dia um proprietário enche-se e defende o que é seu. Depois chamam-lhe criminoso. Haverá maiores criminosos do que quem aveluda as leis para proteger os criminosos de colarinho branco? Muitos que estão nas cadeias deviam ser reconhecidos por defenderem o que é seu. Criminosos poderão ser alguns dos que tecem as teias da lei, com malha larga para quem é rico ou poderoso.

Em meu pouco entender, os criminosos deviam ser privados, temporariamente, das pensões que todos nós lhe pagamos. Ir para o «hotel recluso» uns dias, com cama e mesa, até pode dar para afinarem o expediente ou «tirarem um curso» mais sofisticado.

Jorge Lage
in:atelier.arteazul.net

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