Foto: Associação Palombar |
Atualmente, a Associação Palombar, sediada em Bragança, tem contribuído para este regresso, gerindo 4 Campos de Alimentação de Aves Necrófagas na região, zonas com cerca de 1 hectar, com algumas especificidades explicadas pelo biólogo e técnico da Palombar, José Pereira.
“Está a reativar-se, já alguns anos, uma rede de alimentadores, onde se coloca alimento regularmente. Restos de talhos e de explorações pecuárias, por exemplo. Isto permite que haja uma disponibilidade de alimento regular e segura, ou seja, livre de venenos. Como é uma rede em que estão dispersos, imagino que os animais andem mais à procura de comida, e por isso têm sido mais fáceis de detatar nas nossas monitorizações.”
O uso excessivo de pesticidas, e até a chamada doença das “vacas loucas”, que obrigava à retirada de animais mortos dos terrenos, são alguns dos motivos que afastaram os abutres da região.
“Houve um declínio muito acentuado da espécie, por várias razões.
Seja por questões de diminuição da disponibilidade alimentar, até com a questão das ‘vacas loucas’, em que existia uma legislação comunitária que obrigava à recolha de todos os espécimes pecuários que morressem no campo. Mesmo pela diminuição das espécies de que se alimentam depois de mortos, como coelhos.
Depois, a degradação do habitat, e o uso de pesticidas, nos anos 50, 60 e 70, até que desapareceu como edificante no país.”
O abutre-preto migra entre o Sul de França e Portugal, pode atingir 3 metros de envergadura e podem viver até aos 25 anos. Em Trás-os-Montes, tem sido avistado em Montesinho, na área do Douro Internacional, nos vales do Rio Maçãs e do Sabor, e na Serra do Gerês.
Escrito por ONDA LIVRE
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