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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Abutre-Preto volta a Trás-os-Montes

Chama-se abutre-preto, é a maior ave de rapina da Europa, e está de novo a alimentar-se no nordeste transmontano. E são pelo menos 5 na região.
Foto: Associação Palombar
Esta ave, que tem o estatuto de Criticamente em Perigo, era frequentemente avistada no norte de Portugal. Deixou de ser a partir dos anos 70.

Atualmente, a Associação Palombar, sediada em Bragança, tem contribuído para este regresso, gerindo 4 Campos de Alimentação de Aves Necrófagas na região, zonas com cerca de 1 hectar, com algumas especificidades explicadas pelo biólogo e técnico da Palombar, José Pereira.

“Está a reativar-se, já alguns anos, uma rede de alimentadores, onde se coloca alimento regularmente. Restos de talhos e de explorações pecuárias, por exemplo. Isto permite que haja uma disponibilidade de alimento regular e segura, ou seja, livre de venenos. Como é uma rede em que estão dispersos, imagino que os animais andem mais à procura de comida, e por isso têm sido mais fáceis de detatar nas nossas monitorizações.”

O uso excessivo de pesticidas, e até a chamada doença das “vacas loucas”, que obrigava à retirada de animais mortos dos terrenos, são alguns dos motivos que afastaram os abutres da região.

“Houve um declínio muito acentuado da espécie, por várias razões.

Seja por questões de diminuição da disponibilidade alimentar, até com a questão das ‘vacas loucas’, em que existia uma legislação comunitária que obrigava à recolha de todos os espécimes pecuários que morressem no campo. Mesmo pela diminuição das espécies de que se alimentam depois de mortos, como coelhos.

Depois, a degradação do habitat, e o uso de pesticidas, nos anos 50, 60 e 70, até que desapareceu como edificante no país.”

O abutre-preto migra entre o Sul de França e Portugal, pode atingir 3 metros de envergadura e podem viver até aos 25 anos. Em Trás-os-Montes, tem sido avistado em Montesinho, na área do Douro Internacional, nos vales do Rio Maçãs e do Sabor, e na Serra do Gerês.

Escrito por ONDA LIVRE

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