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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 25 de setembro de 2010

Castelo do Tourão ou Castelo de Rebordãos – Bragança

“Um dos mais amplos e deslumbrantes panoramas de Trás-os-Montes”, do castelo de Rebordãos avistam-se as fortalezas de Bragança, Vimioso, Outeiro, Penas Róias, Miranda e as terras para lá do Douro, rumo a Zamora. O acesso a este monte, rodeado por fragas, é apenas efectuado a partir de Sul (onde se situava a entrada principal) e de Este, avançando sobre a Serra de Nogueira, que limita a região brigantina por sudoeste.

No reinado de D. Sancho I, no âmbito do esforço régio em fazer reconhecer a sua autoridade no Nordeste transmontano, Rebordãos foi uma das povoações que recebeu carta de foral, sinal de que era um aglomerado importante nos primeiros séculos de independência do reino de Portugal.

A forma elíptica do castelo parece ser o resultado da campanha de obras aqui realizada na viragem para o século XIII. Com efeito, a fortaleza não segue, ainda, a tendência oval dos castelos góticos de Trás-os-Montes e do Alto Douro (característica das reformas militar e administrativa do reinado de D. Dinis na região), limitando-se a acompanhar as condicionantes do terreno. Por outro lado, e apesar do estado de ruína da estrutura impossibilitar uma correcta leitura dos vestígios, o sistema defensivo interior parece ser muito rudimentar, desprovido, mesmo, de torre de menagem, mas a verdade é que não estamos suficientemente informados acerca do seu projecto fundacional.

O Abade de Baçal, já no século XX, identificou ainda alguns elementos interessantes, como “restos de fossos e muros com metro meio de largura por três de altura”, nas zonas aparentemente de mais fraca defesa, ou “paredes formando pequenos compartimentos (…) casas de habitação?”, no interior (ALVES, 4ªed., vol. IX, 1987, p.8). Elementos que, conjugados com outras descobertas no terreno, aguardam a definição de um projecto de intervenção arqueológica dirigido à Idade Média.

A importância medieval de Rebordãos não se manteve pelos séculos seguintes. O carácter complementar e de vigilância da sua fortificação certamente diluiu-se ao longo dos tempos e a perda de função militar acarretou a decadência da própria comunidade intra-muros. A vila transferiu-se para sudoeste, uma zona mais amena e propícia à fixação humana. Foi aí que se instalou o pelourinho e a casa da câmara, ambos com origens no século XVI, o que prova como, já por essa altura, o velho castelo roqueiro do reinado de D. Sancho I havia perdido grande parte da sua importância.
(Texto: IPPAR – PAF)

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