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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Não "Marchava" agora uma Alheira?

Foram inventadas pelos judeus como artimanha para escaparem às malhas da Inquisição.
Como a sua religião os impedia de comerem carne de porco, eram facilmente identificáveis pelos seus perseguidores pelo facto de não fazerem nem fumarem os habituais enchidos de porco.
Assim, substituíram a carne de porco por uma imensa variedade de carnes, que incluía vitela, coelho, peru, pato galinha e por vezes perdiz, envolvidos por uma massa de pão que lhes conferia consistência.
A receita acabaria por se popularizar entre os cristãos, mas estes juntavam-lhe a omnipresente carne de porco.
Vamos lá então, fazer umas alheiras:
Ingredientes:
1 kg de peru
1 kg de vitela
1 galinha gorda
2 kg de carne entremeada da parte da cabeça do porco
10 dentes de alho
4,5 kg de pão de trigo
1 l de azeite
2 malaguetas
cerca de 200 g de colorau
Sal
Numa panela com água temperada com sal, três dentes de alho e as malaguetas picadas, põem-se as carnes bem lavadas, para cozerem. Quando as carnes estiverem cozidas, desfiam-se e cortam-se aos bocadinhos. O caldo volta ao lume. Para uma caldeira, corta-se o pão às fatias finas, escalda-se com o caldo a ferver, passado por um passador de rede. Tapa-se para abeberar. Depois colocam-se as carnes, por cima os restantes dentes de alho picados e o colorau. Rega-se com o azeite bem quente. Mexe-se bem com uma colher de pau e enchem-se as tripas de vaca, bem lavadas. Atam-se dos dois lados, dando dois nós; dá-se um nó, depois volta-se a tripa e dá-se outro. Deixam-se cerca de quinze centímetros de fio, para enfiar a vara no fumeiro. Lavam-se em água tépida e põem-se no fumeiro, onde ficam durante cerca de um mês. Cozinham-se de preferência assadas nas brasas, em lume muito brando. Previamente devem ser picadas com uma agulha, enquanto assam, para evitar o rebentamento. Servem-se, por exemplo, com grelos e batatas cozidas.

1 comentário:

  1. A receita é um tanto elaborada para os meus poucos dotes culinários (rsrssr), mas acho que posso improvisar um pouco com o que tenho... ou deixar para provar esta tradicional receita no feliz dia em que eu estiver à conhecer Portugal.
    Obrigada sempre pela sua atenção e carinho !!!
    Bjss no seu coração

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