Manuel Gonçalves, presidente da Associação de Apicultores do Parque Natural de Montesinho e da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal entende que os produtores estão neste momento a deixar escapar a mais-valia que é a venda do mel ao consumidor final e ao comércio a retalho.
“A mais-valia é vender o produto com marca própria e pôr um pouco de lado a venda em grosso. Com qualquer produto de alta qualidade ou se aproveita a mais-valia para que fique na região ou então perdemos o caminho – damos esse diamante a terceiros”.
Neste momento só cinco associações no país têm já esta capacidade. No Nordeste transmontano a Associação de Apicultores do Parque Natural de Montesinho já faz o embalamento final do mel, mas também a Associação da Terra Quente quer ter este processo concluído ainda antes de 2014, como refere José Carneiro, responsável da associação.
“Grande parte do mel produzido nesta área é para exportação e vai em bidão. A mais-valia devia ser no embalamento e depois colocar no mercado, mas ainda não estamos [preparados para isso]. Estamos a trabalhar nesse sentido e já temos algumas associações vizinhas que já estão a colocar no mercado o mel embalado”.
A Federação Nacional dos Apicultores de Portugal reuniu no Sábado em Mirandela para discutir o futuro do sector. A federação assumiu ainda como prioridade a formação dos apicultores, para que possam tirar maior rendimento das explorações. Só no concelho de Mirandela, onde decorreu este fim-de-semana a Feira Nacional do Mel, o sector representa uma receita anual de dois milhões e meio de euros”.
in:rba.pt
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