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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
sexta-feira, 23 de março de 2012
Há profissões a desaparecer no Nordeste Transmontano
Há profissões que têm tendência a desaparecer, sobretudo nos meios mais pequenos, como é o caso da vila transmontana de Vinhais. Já há poucos que vão ao barbeiro e ao sapateiro.
Longe vão os tempos em que ir ao barbeiro era um hábito comum a muitos homens.
Hoje em dia, ir ao barbeiro ou sapateiro não é uma pratica comum aos mais jovens.
Fomos conhecer a realidade de duas profissões que estão cada vez mais em vias de extinção.
“Sou sapateiro e comecei a trabalhar com o meu pai com oito ou nove anos”, diz Hélder Santos que, neste momento, é uns dos últimos sapateiros de Vinhais, segundo este, a extinção desta profissão está associada ao facto do calçado estar cada vez mais barato.
“Às vezes fica mais caro o arranjo do que o calçado. Algum compra-se por cinco ou seis euros, que é tudo em plástico. Eu digo-lhes que comprem outros.”
Outra profissão em risco é a de barbeiro. Manuel Fernandes barbeiro há mais de 35 anos, refere que o aparecimento dos cabeleireiros modernos e o pouco interesse dos mais jovens neste tipo de emprego, faz com que o barbeiro de profissão seja cada vez mais um oficio à beira da extinção.
“Não, não vejo jeitos que outros aprendam. Já ninguém quer aprender. Isto é uma vida muito presa e tem tendência a acabar.”
O Sr. Laureano também barbeiro desde muito novo, já conta com mais de 62 anos de serviço. Afirma que as exigências e burocracias não permitem a entrada de novos profissionais neste tipo de profissão.
“Como posso ensinar alguém, se o que eles exigem é caixa ou Segurança Social, um ordenado e isto e aquilo.”
Para o barbeiro Manuel Fernandes a tradicional barbearia é um dos estabelecimentos que estão condenados a desaparecer, por outro lado, o sapateiro Hélder Santos é mais optimista, e apesar da crise assegura-nos que o negócio tem pernas para andar.
Escrito por Rádio Vinhais (CIR)
in:brigantia.pt
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