As colectividades desportivas da cidade de Bragança viram ser reduzido em mais de 50% o apoio financeiro atribuída pelo município. Os protocolos de atribuição de verbas foram assinados.
O Grupo Desportivo de Bragança é o clube que sofre o corte mais significativo vê a verba ser reduzida de cerca de 120 mil euros, atribuídos no ano passado, para 56.282 euros.
Manuel Martins, presidente do Desportivo de Bragança, mostra-se preocupado já que o montante é para apoiar o clube até ao final de 2012:
“O clube terá que se ajustar ao subsídio que lhe foi atribuído. Agora o problema maior é acabar esta temporada que termina no dia 31 de Maio. Este dinheiro é para o ano todo, ou seja até Maio só contamos metade desta quantia”.
Metade dos 56.282 euros é para cobrir as despesas do clube até Maio, mês em que termina a temporada desportiva. A redução dos apoios é um dos factores que leva Manuel Martins a pensar em não avançar para a recandidatura à presidência do clube que vai a votos no próximo mês de Abril:
“Com estes cortes nas verbas não é fácil ter uma equipa no nacional e ter todos os escalões jovens em competição”.
Apesar da redução da verba Manuel Martins garantiu que para já não está em causa a continuidade das equipas de formação.
Também o Futebol Clube Mãe D´Água já contava com a redução da verba. O clube vai receber 7.432 euros, metade do que foi atribuído o ano passado. Para o responsável da colectividade, Bruno Faria, a solução para fazer face às despesas passa pela restruturação do desporto na cidade e explica como:
“Não propriamente uma junção mas os clubes abdicarem de alguns escalões para as despesas serem menores. Eu já manifestei essa minha ideia, o Mãe D´Água abdicar de alguns escalões e os outros clubes de outros. Não podemos querer tudo e depois perder cada vez mais já que da maneira que as coisas estão vai ser complicado”.
Bruno Faria é presidente do Mãe D´Água há quatro anos e conta com orçamento anual de 20 mil euros. Depois da participação no nacional da 3ª divisão o clube terminou com a equipa sénior e apostou apenas nas camadas jovens. O apoio atribuído pela autarquia é canalizado para o pagamento de dívidas.
Quanto a Fernando Gomes, presidente do Clube Académico de Bragança, não se mostra surpreendido pelo corte feito no subsídio atribuído às colectividades. Fernando Gomes garante que não está em causa qualquer modalidade, agora há que pensar em fazer alguns ajustamentos na estrutura interna do clube:
“Estas verbas já eram esperadas, já contávamos com esta redução. Agora temos que nos preparar e fazer uma reestrutura a nível das modalidades. Não quer dizer que o dinheiro que vinha antes era mal, era aplicado de outra maneira”.
O Académico conta com 320 atletas e recebe para este ano um apoio de 16,922 euros.
A autarquia de Bragança apoia 11 colectividades desportivas. O valor total das verbas atribuídas é de 115 mil euros.
in:rba.pt
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