Mas o presidente da câmara frisa que agora será ainda preciso finalizar os projectos, levar a cabo os concursos e realizar a obra antes de estar resolvido o problema de abastecimento de água a Bragança, que continua numa situação precária.
“O processo de resolução do reforço de abastecimento a Bragança está em condições de avançar. Concretizados os estudos, os projectos de execução, obtido o financiamento e concretizada a obra, tentaremos que a situação esteja ultrapassada em 2014.”
Jorge Nunes frisa que, apesar de haver algumas condicionantes, a solução aprovada era precisamente aquela que era defendida pela autarquia.
“Este estudo de impacto ambiental, que foi aprovado, tem algumas condicionantes mas remete para a solução apontada nos estudos de 1978”, disse.
O objectivo é que a barragem esteja concluída em 2014.
A obra deverá arrancar no prazo de um ano.
“Há procedimentos que têm de ser feitos. Este processo está em fase de audição ao promotor. Há estudos de engenharia que têm de ser ultimados, há processos de contratação pública, de obtenção de financiamento mas o desejado era que no prazo de 10 a 12 meses começassem.”
O valor do projecto ronda os 9 milhões de euros.
O presidente da câmara de Bragança está satisfeito com a aprovação da barragem de Veiguinhas.Mas recusa a ideia de que esta foi uma vitória política da sua parte.
“Considero que houve uma congregação de esforços muito importantes. Houve gente que trabalhou muito na parte técnica, na gestão e muitos cidadãos que a título anónimo deram o seu contributo para resolver esta situação, que serve o bem comum. Não reclamo uma vitória comum, não é isso que está em causa, mas sim encontrar uma solução que nos permita encarar o futuro com mais tranquilidade.”
Nesta altura, Bragança continua a estar numa situação precária, devido à situação de seca extrema que se vive no país.
“Situação muito complexa, com os sistemas precários que vão servindo de alternativas a estarem cada vez mais esgotados, e a termos de recorrer a parte das reservas da Serra Serrada, que só começávamos a utilizar em Julho. Se não chover em Abril, vamos ter uma situação muito complicada.”
Recorde-se que a barragem de Veiguinhas integrava o aproveitamento hidráulico do Alto Sabor, que incluía também a barragem da Serra Serrada, em Montesinho, desde 1978.
No entanto, a obra foi sendo adiada por diversas vezes, mas, a partir de 1997, a legislação europeia mudou, e obrigou à realização de estudos de impacto ambiental.
É nestes pareceres que a obra tem esbarrado desde então.A aprovação surge agora, 15 anos, quatro estudos e sete procedimentos depois.
Para já, a Secretaria de Estado do Ambiente não confirma a Declaração de Impacto Ambiental positiva, mas revela que será divulgada “em tempo oportuno”.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
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