A Associação de Produtores da Raça Churra Galega Mirandesa não sabe o que mais há-de fazer para começar a comercializar a sua carne de Denominação de Origem Protegida (DOP). O aval já foi dado mas o presidente da associação, Francisco Rodrigues, pede apoios que ajudem a implantar a medida no terreno. “É preciso alterar a parte de apoio na criação e, sobretudo, na comercialização.
Temos uma denominação de origem que já devia estar a ser comercializada mas as restrições impostas pelo Governo Central não nos deixam sair do marasmo. Temos uma cooperativa constituída, falta darem-nos um apoio e um aval para podermos comercializar. Mas exigem-nos uma burocracia tal que nos emperra. Há mais pessoas interessadas em boicotar do que estar ao nosso lado”, lamenta.
Os produtores estão esperançados que a carne DOP Churra Galega Mirandesa comece, rapidamente, a ser comercializada. “Querem sempre os cordeiros baratíssimos… Nós é que somos os mártires a criá-los, eles é que ganham o dinheiro. Um borrego 35 euros é uma miséria”, referiu um produtor. Já outro acrescentou: “Os cordeiros não se vendem lá muito bem. Eu penso que a Denominação de Origem protegida pode dar um bocadito de melhoria”. É que, como explica Pamela Raposo, a secretária técnica da raça, os produtores tinham a ganhar com a entrada em vigor do selo DOP na carna da raça Churra Galega Mirandesa. “Tem a ver com a valorização do produto e com o benefício que tem na parte da comercialização.
Um produto DOP tem outra valorização nos mercados externos”. No entanto, Francisco Rodrigues sublinha que ainda há muito por fazer. “Faltam-nos condições financeiras. Se não tivermos um apoio estatal, para comercializarmos directamente através da nossa cooperativa, não dá.
Precisamos de compra de carros, por exemplo, para recolha dos animais e para levar as carnes do matadouro. Era preciso um estudo para a viabilidade económica”, conclui.
Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt
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