A freguesia de Ligares encontra-se no extremo ocidental do concelho de Freixo de Espada à Cinta, no limite com o concelho vizinho de Torre de Moncorvo. O povoamento da área onde se situa a freguesia remonta a períodos anteriores à fundação da Nacionalidade.
O habitat de S. Tiago foi utilizado durante o período romano, sendo que essa ocupação se verificou até à Idade Média.
Na Quinta de S. Tiago, foram encontradas grandes quantidades de material romano, como fragmentos de cerâmica comum e tegulas, associados a escórias de ferro e cantarias de granito. Foi também recolhida uma escultura de granito representando um touro, do género das esculturas de berrões e afins típicas desta zona do Nordeste transmontano.
A grande dispersão dos achados, a sua grande quantidade e qualidade leva a pensar na existência de uma villa romana, até porque os solos locais tinham boa aptidão agrícola, requisito fundamental para a instalação de «villae» romanas. Existem vestígios de outros habitats, todos ocupados antes da fundação da Nacionalidade.
É o caso dos habitats de S. Martinho, de Ligares e da Rebofa, todos da época romana. Nas Inquirições de 1258 e no Foral de Freixo de Espada à Cinta, de 1 de Outubro de 1512, vem com a escrita de “ILGUARES”, passando a ter dois Jurados. Em 1271, o escrivão da Câmara usou o termo “ILIGARDES” e em 1758 nas Memórias Paroquiais aparece a palavra “ILGARES”. Do património edificado, destaca-se a Capela de Santa Cruz, barroca. Foi construída no século XVII e destaca-se, no seu interior, o retábulo-mor em talha policroma rococó.
Área: 4691 ha
População: 489 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Capelas do Divino Espírito Santo, de Nossa Senhora da Conceição, de Santa Cruz, de S. Sebastião, de Nossa Senhora das Dores, de Stª Bárbara, Igreja Evangélica
Património Paisagístico: Paisagem Bucólica, Fragas da Pena Ruiva, do Milagre, do Candedo, Reserva de Caça, Quinta da Batoca, Arquitectura tradicional como Casas de Xisto, várias Fontes, Ponte do Candedo
Festas e Romarias: Festas do Menino Jesus a 1 de Janeiro, de Nossa Senhora de Fátima a 13 de Maio, de S. João em Junho, de Stª Bárbara em Agosto
Gastronomia: Emapadas, Enchidos (Alheiras, Salpicão, Chouriços de Carne), Lascas de Bacalhau Cru ou Assado, Bacalhau Cozido com Azeite, Bôla de Azeite e Qeijo, Doces de Ovos com Amêndoa, de Chila com Amêndoa, Arrepelados e Amêndoa Coberta
Locais de lazer: Café Estrela, Café Central, Associação Desportiva Cultural e Recreativa de Ligares
Espaços lúdicos: Espaço Internet existente na Junta de Freguesia
Lenda: Segundo a lenda, a populosa povoação de Stº Estêvão ficava à beira do Douro raiano, mesmo junto da margem direita, próximo da Malhadinha. Frequentemente talados e saqueados pelos povos da outra margem, resolvem alguns habitantes abandonar o local e ir "poisar" lá no alto, mais afastados e seguros, originando-se assim o topónimo da aldeia de Poiares. Os restantes santestevenses, em contínuo desassossego, abandonaram também o seu burgo. - Vamos "ligar-nos" aos outros, disseram. E originou-se Ligares. Se a lenda tem ou não fundamento não se sabe, mas está provado que existiu uma povoação no sítio da Malhadinha, onde se têm encontrado diversos vestígios de povoamento antigo e as ruínas de uma capela dedicada a Stº Estevão
Orago: S. João Baptista
Principais actividades económicas: Agricultura, Fruticultura, Horticultura, Amendoais, Olivais, Vitivinicultura, Pastorícia, Pequenas Indústrias, Construção Civil, Comércio
Colectividades: Associação de Caça e Pesca de Ligares, Associação Desportiva, Cultural e Recreativa de Ligares
in:http://retratoserecantos.pt
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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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Meu caro, por favor pode indicar onde leu isto: “ILLEGARDES”, é que nas Memórias Paroquiais não encontro.
ResponderEliminarSaudações
Francisco dos Santos
Boa tarde.
ResponderEliminarA minha fonte está indicada no final do texto.
No entanto e numa rápida busca na net, encontrei de imediato este link que faz também alusão ao "termo" nas Memórias Paroquiais.
http://ligares.blogspot.pt/p/historia.html
Cumprimentos
Bom dia.
ResponderEliminarNão pretendo trazer aqui uma discussão toponímica, mas parece que beberam todos de uma fonte errada.
Nas memórias paroquiais está: S. João Baptista deste lugar de Ilgares.
Pode verificar o que afirmo no volume 18, memória 16, que se encontra na Torre do Tombo online.
Cumprimentos
Segunda feira, verificarei nas memórias paroquiais que possuo em PDF e que, de momento, não tenho aqui.
ResponderEliminarCumprimentos.