Os empresários de Torre de Moncorvo querem saber qual vai ser o futuro do concelho, numa altura em que o projecto do parque eólico caiu por terra e a reactivação das minas de ferro segue o mesmo caminho.
As preocupações saíram ontem do debate “Minas de Ferro: Oportunidade Perdida ou adiada”, onde os empresários falaram das expectativas criadas à volta da exploração de minério no concelho.
O presidente da Associação dos Comerciantes e Industriais de Moncorvo, Dinis Cordeiro, dá conta de um clima de desilusão, já que os empresários locais pensavam que a energia eólica e exploração das minas seriam a tábua de salvação do concelho. “Moncorvo ficou prejudicado. As eólicas saíram por causa do ferro.
Nós tínhamos dois projectos com o apoio das eólicas. Um para fazer um centro de formação e outro para fazer um multiusos em cooperação com a Câmara.
Nem um nem outro não foram para a frente”, lamenta o dirigente.Joaquim Morais, professor e empresário de Torre de Moncorvo, sente que o concelho perdeu uma grande oportunidade. “Quando a esmola é grande o povo desconfia. Muitos projectos que estavam na forja para avançar nos próximos anos, estão fora de questão porque as minas não vão funcionar tão cedo”, queixa-se o empresário.
O presidente da Câmara Municipal recorda que a albufeira criada pela Baixo Sabor vai trazer novas oportunidades para o sector turístico e alerta os comerciantes a para as vantagens competitivas que resultam do IP2 e do IC5.“Nós temos uma vantagem competitiva que os empresários de há 20-30 anos não tinham. Nós temos o IP2 e o IC5. Isto é importante para o investimento turístico e para a agricultura. Nós temos o problema das acessibilidades resolvido.
As minas de ferro em foco durante um debate organizado pela Associação dos Comerciantes e Industriais do Concelho de Moncorvo.
Escrito por Brigantia
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O povo de Moncorvo tem toda a razão para a preocupação com o seu futuro.
ResponderEliminarNão deixará de sentir a frustração de projectos anunciados e abandonados.
A barragem exponenciada pelo Presidente da Câmara, um pouco para salvar a face, pode trazer algum investimento, assim haja iniciativa, criatividade e condições financeiras.
Parece-me, no entanto, que o balanço entre construir ou não a barragem é negativo para a região.
A natureza já oferecia razões para investir no turismo e preservar o ambiente. Não é a barragem que vem acrescentar algo de novo.